Primavera começa com sol e frio no Rio Grande do Sul
Nova estação chega às 11h49min deste sábado
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De acordo com a MetSul Meteorologia, a nova estação começa sem nenhum fenômeno de escala global influenciando o clima no Rio Grande do Sul. “A temperatura do mar no Pacífico Equatorial atingiu patamar de El Niño já no começo do inverno, mas nas últimas semanas o aquecimento perdeu força e hoje não há nem El Niño ou La Niña”, explica o meteorologista Eugenio Hackbart. As águas do Atlântico Sul Tropical seguem mais frias que a média, porém mais quentes que o normal na costa gaúcha. “No decorrer da estação, se espera que o Pacífico fique entre uma condição de neutralidade (ausência de fenômenos) e, no máximo, um El Niño bastante modesto”, destaca Hackbart.
A MetSul destaca que a primavera é um período com maior frequência de tempestades - às vezes severas com fortes vendavais e granizo. A história mostra ainda a ocorrência de vários tornados durante a estação. É o caso do tornado de Antonio Prado, de 11 dezembro de 2004, um dos anos usados como análogos pela MetSul na previsão da nova estação. Neste ano, o risco de temporais fortes na primavera, conforme a empresa, é maior entre novembro e dezembro, com potencial até destrutivo.
Inverno se despede e dá lugar a primavera, que chega às 11h49min deste sábado | Foto: Vinicius Roratto
Em relação a oscilação de temperaturas, a MetSul cita casos curiosos, como a ocorrência de neve no começo da primavera, em 1981, 1999 e 2000. A maior temperatura observada até hoje no Vale do Sinos, de 41,9ºC, foi em 16 de novembro de 1985, quando faltava mais de um mês para o verão. Para 2012, os meteorologistas esperam que o período dos primeiros 30 dias da nova estação tenha média abaixo ou próxima do normal histórico, mas entre meados de novembro e, especialmente, dezembro se espera que haja um aumento acentuado dos dias de forte calor.
Além disso, a primavera que começa, segundo a MetSul, pode ser a estação mais chuvosa do ano. Porém, a empresa ressalva que ainda se espera irregularidade na distribuição regional das precipitações com períodos de tempo seco. A chuva, apesar de mais frequente, não deve repetir o padrão da primavera de El Niño de 2009 que foi extremamente chuvosa e de sucessivas enchentes. “O que podemos ter são estes eventos pontuais de chuva excessiva, com altos volumes em curtos períodos e até cheias, como ocorrido nesta última semana do inverno”, assinala o diretor-geral da MetSul Meteorologia. A chuva pode ser excessiva no Centro-Oeste e no Sudeste do Brasil, assim como no Centro e Norte da Argentina, e parte do Uruguai.