Primeira fase de obras no Salgado Filho é entregue após investimentos de mais R$ 1 bilhão

Primeira fase de obras no Salgado Filho é entregue após investimentos de mais R$ 1 bilhão

Mais espaços de check-in, salas de embarque e desembarque doméstico, além um novo edifício garagem, foram algumas das mudanças garantidas

Henrique Massaro

Primeira etapa das obras no Salgado Filho foi entregue nesta terça-feira

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Mais espaços de check-in, salas de embarque e desembarque doméstico, além um novo edifício garagem, foram algumas das mudanças garantidas pelas obras iniciadas no ano passado no Porto Alegre Airport - Aeroporto Internacional Salgado Filho. As novidades com que os usuários do novo terminal de passageiros vêm se acostumando ao longo de 2019 foram inauguradas oficialmente nesta terça. A solenidade que marcou a conclusão dentro do prazo da etapa intitulada 1B contou com a presença do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, do governador do Estado, Eduardo Leite, do prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan, além de representantes da Fraport. Com cerca de R$ 1,2 bilhão de um total de R$ 1,8 bilhão já investido, os trabalhos chegam a 74%, restando apenas a expansão da pista de pousos e decolagens.

Durante a cerimônia, o ministro destacou a importância do cumprimento do contrato e ressaltou o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) como um marco na história das concessões no país. “A Fase 1B está sendo entregue dentro do prazo, então, significa que houve um acerto em termos de modelagem, e esse acerto foi possível porque o PPI trouxe essa consistência para o processo de concessão no Brasil”, afirmou o titular da Infraestrutura. De acordo com ele, a modernização do aeroporto vai representar uma melhoria no atendimento do cidadão. “É um equipamento que a cidade de Porto Alegre e o Estado do Rio Grande do Sul mereciam. É conectividade com o resto do Brasil e do mundo”, destacou.

Ao longo da chamada Fase 1B, simbolicamente finalizada ontem, a Fraport realizou diversas entregas. Depois assumir a gestão, em janeiro de 2018, a concessionária alemã realizou intervenções iniciais e, em dezembro, entregou a nova área de controle de segurança e a sala de embarque internacional. Em abril de 2019, foi entregue uma nova área de check-in e os novos embarque e desembarque doméstico. As operações das companhias aéreas que atuavam no terminal foram para a área de expansão no segundo piso. Em junho, o novo edifício garagem foi inaugurado com cinco pavimentos e 1.050 vagas e, em agosto, os passageiros passaram a ter acesso a novas salas de embarque doméstico e a um mezanino no piso 3.

Uma das últimas entregas ocorreu em setembro, com a antiga área de check-in no piso 2 passando a atender somente voos internacionais. Dessa forma, o espaço de check-in que havia sido aberto em abril ficou dedicado a voos domésticos. A companhia aérea Azul, por sua vez, se transferiu para o antigo Terminal 1, concentrando todas as operações em um mesmo local. O Terminal 2 atualmente abriga o Prédio Administrativo da Fraport Brasil, os escritórios da empresa e a Torre de Controle. De acordo com a prefeitura, a expansão do aeroporto dá condições para que sejam alcançados até 11,2 milhões de passageiros em 2023, o que representa três milhões a mais do que o que foi registrado em 2018.

“O novo aeroporto que vocês estão vendo aqui é um excelente exemplo do que pode ser alcançado com a infraestrutura brasileira quando vontade politica, regulamentação e um operador e investidor experiente se encontram”, comentou o CEO da Fraport, Stefan Shulte. Segundo ele, a expansão abrira a economia gaúcha e porto-alegrense, dando acesso direto a importantes mercados internacionais. “Pela nossa experiência, isso cria empregos e aproxima a região do resto do mundo. Uma infraestrutura aeroportuária moderna e eficiente é um requisito prévio e essencial para o desenvolvimento econômico da região”, explicou.

O presidente da construtora HTB, Detlef Dralle, disse que, ao longo de 18 meses, as obras mobilizaram aproximadamente sete mil trabalhadores, todos contratados em Porto Alegre. Conforme o responsável por uma das empresas que compõe o consórcio responsável pelo empreendimento, os trabalhos foram desafiadores, mas o prazo foi cumprido e nenhum acidente grave foi registrado. Em alguns dias, cerca de 2,5 mil operários chegaram a trabalhar simultaneamente, com suporte de 300 engenheiros e arquitetos.


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