Produtores rurais bloqueiam entroncamento da BR 116 com a RS 265

Produtores rurais bloqueiam entroncamento da BR 116 com a RS 265

Quedas de luz motivaram protestos em São Lourenço do Sul

Luciara Schneid

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Cerca de 150 produtores de São Lourenço do Sul bloquearam nesta sexta-feira o tráfego de veículos no entrocamento da BR 116 com a RS 265, no acesso ao município da zona Sul do Estado, durante sete horas. A constante falta de energia elétrica nas propriedades rurais e o consequente prejuízo motivou o protesto, que começou às 9h e se estendeu até as 16h. Na tarde de terça-feira, representantes dos produtores serão recebidos pelo secretário de Estado Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, para solicitar o aumento no volume de recursos que serão investidos em projetos de energia no município ao longo deste ano.

Dirigentes da CEEE chegaram ao local do protesto por volta das 14h, quando prometeram encaminhar equipes para podar galhos de árvores nos fios e consertos na rede. No início da tarde, com o bloqueio da estrada por meia hora, a fila de veículos parados chegou a três quilômetros. Essa foi a maior parada, já que as demais interrupções no tráfego foi de dez minutos.

O coordenador regional da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (Fetraf-Sul), Luís Clairton Weber, salientou que o aumento da carga de energia elétrica é extremamente necessário para os produtores, assim como o acréscimo de 50 homens para atender as urgências na região, limpeza e manutenção das redes. Também pediu empenho para a construção imediata de novas redes em substituição às atuais, “sucateadas, algumas com mais de 30 anos, quando não existiam resfriadores de leite, estufas elétricas para o fumo e acesso a eletrodomésticos”.

O gerente regional da CEEE, Marco Gernaro Wolowisk, considerou o movimento como legítimo e pacífico. Os problemas na rede foram atribuídos à falta de manutenção nas duas últimas gestões. Aliado a isso, a alta tecnologia no meio rural, segundo ele, contribuiu significativamente para a queda. “A demanda em todo o Estado foi muito grande e não tivemos poder de fogo para atacar todos. São Lourenço foi um deles”, admitiu. Ele garantiu que destinará equipe ao meio rural para cortar galhos que estão sobre a rede e também são responsáveis pelas quedas de energia.


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