Projeto avalia retomada do transporte hidroviário no Rio Caí
Proposta prevê raio de 100 quilômetros para navegação até Montenegro
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Segundo o vice-presidente de Meio Ambiente e Infraestrutura da Associação Comercial Industrial e de Serviços de Montenegro/Pareci Novo, Décio Pinheiro Peixoto, os primeiros resultados apontam que o Caí tem plenas condições de navegabilidade, atraindo empresas interessadas em investir no transporte pluvial, ligando o Vale do Caí ao Porto de Rio Grande. O superintendente da AHSul, José Luis Azambuja, coordena o estudo e diz que o relatório se encaminha para a fase final. “Já fizemos o levantamento do rio Caí e podemos afirmar que, a princípio, não teria necessidade de grandes obras para se fazer a navegação até Montenegro. Teríamos um raio de 100 quilômetros, com diversas cidades que seriam beneficiadas com o terminal hidroviário.”
Segundo Peixoto, apenas em 2012, a demanda de transporte de mercadorias no Vale do Caí foi de 172,5 mil contêineres, entre exportações e importações. “Este número poderá crescer a partir da inclusão de novas empresas exportadoras e importadoras.” Em São Sebastião do Caí, onde o rio não é usado para navegação desde 1950, o cais seria no bairro Navegantes.
O prefeito Darci Lauermann diz que estudos preliminares apontam que o custo do transporte hidroviário pode ser até 19 vezes mais baixo que o rodoviário e seria uma alternativa para desafogar BR 116 e ERS 240. “Empresas poderão explorar o rio de forma comercial e turística.” Os principais obstáculos encontrados são as pontes da BR 386 e de uma antiga estrada de ferro. “Temos que ver se as embarcações passariam por ali ou se precisariam passar por adaptação”, observa Azambuja. Atualmente, o Caí é utilizado para navegação apenas de embarcações leves e lanchas de passeio nas imediações de Montenegro, no Porto das Laranjeiras.