Projeto avalia retomada do transporte hidroviário no Rio Caí

Projeto avalia retomada do transporte hidroviário no Rio Caí

Proposta prevê raio de 100 quilômetros para navegação até Montenegro

Stephany Sander/Correio do Povo

Proposta prevê raio de 100 quilômetros para navegação até Montenegro

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O projeto que avalia a retomada do transporte hidroviário no rio Caí deverá ser concluído até o final deste ano. O documento será analisado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e pela Administração das Hidrovias do Sul (AHSul). Em reunião, na última terça-feira, organizado pelo Conselho de Fomento Industrial do Polo Petroquímico de Triunfo, foi apresentada a proposta de um porto em Montenegro, a fim de agregar empresas e informações de volumes de cargas.

Segundo o vice-presidente de Meio Ambiente e Infraestrutura da Associação Comercial Industrial e de Serviços de Montenegro/Pareci Novo, Décio Pinheiro Peixoto, os primeiros resultados apontam que o Caí tem plenas condições de navegabilidade, atraindo empresas interessadas em investir no transporte pluvial, ligando o Vale do Caí ao Porto de Rio Grande. O superintendente da AHSul, José Luis Azambuja, coordena o estudo e diz que o relatório se encaminha para a fase final. “Já fizemos o levantamento do rio Caí e podemos afirmar que, a princípio, não teria necessidade de grandes obras para se fazer a navegação até Montenegro. Teríamos um raio de 100 quilômetros, com diversas cidades que seriam beneficiadas com o terminal hidroviário.”

Segundo Peixoto, apenas em 2012, a demanda de transporte de mercadorias no Vale do Caí foi de 172,5 mil contêineres, entre exportações e importações. “Este número poderá crescer a partir da inclusão de novas empresas exportadoras e importadoras.” Em São Sebastião do Caí, onde o rio não é usado para navegação desde 1950, o cais seria no bairro Navegantes.

O prefeito Darci Lauermann diz que estudos preliminares apontam que o custo do transporte hidroviário pode ser até 19 vezes mais baixo que o rodoviário e seria uma alternativa para desafogar  BR 116 e ERS 240. “Empresas poderão explorar o rio de forma comercial e turística.” Os principais obstáculos encontrados são as pontes da BR 386 e de uma antiga estrada de ferro. “Temos que ver se as embarcações passariam por ali ou se precisariam passar por adaptação”, observa Azambuja. Atualmente, o Caí é utilizado para navegação apenas de embarcações leves e lanchas de passeio nas imediações de Montenegro, no Porto das Laranjeiras.



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