Projeto para definir destino da Carris chega à Câmara em dezembro
Prefeitura analisa três alternativas antes de enviar proposta aos vereadores
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Anualmente, de acordo com Marchezan, R$ 51 milhões do Tesouro do município são injetados para cobrir o déficit financeiro na companhia. O tema está em estágio avançado em discussões internas, e empresários já chegaram a ser consultados por articuladores do primeiro escalão da prefeitura sobre eventual interesse na Carris.
• Marchezan reforça que "Carris não é viável" e que precisa privatizar ou licitar linhas
Por enquanto, são três alternativas em análise, segundo o secretário da Fazenda, Leonardo Busatto. A privatização, a extinção da companhia, com a licitação das linhas e a venda do patrimônio da estatal, ou a licitação das linhas junto com os veículos. Além das resistências políticas que envolvem a venda de patrimônio público, a prefeitura reconhece que há outros obstáculos que terão de ser equalizados. Entre eles, a falta de padronização dos ônibus da companhia, o que complica o interesse das empresas privadas, que operam com modelo único, e o passivo trabalhista.
Busatto destacou que considerando apenas o que já está em âmbito judicial, o valor do passivo é de aproximadamente R$ 20 milhões. Uma das exigências que deve ser feita caso a opção do Executivo de Porto Alegre seja a licitação das linhas, independentemente do modelo adotado, com ou sem os veículos, será o de manutenção do nome Carris. Não está descartado também a tentativa, por parte do governo, de que parte dos 2 mil servidores da companhia sejam mantidos pelo futuro administrador.