Proposta de "boicote" a táxis da Capital já soma mais de 100 mil apoiadores
Inquérito sobre agressão a motorista da Uber deve ser concluído em até dez dias<br />
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O presidente do Sindicato dos Taxistas da Capital, Luiz Nozari, declarou que é direito da população aderir à manifestação e admitiu que o grande apoio à iniciativa revela uma insatisfação com a categoria por grande parte da população. Em entrevista à Rádio Guaíba, o representante sindical afirmou que “cabe aos taxistas fazer um mea culpa, neste momento de atribulação, e reconhecer alguns defeitos e o que há a melhorar”.
O motorista parceiro da Uber que foi vítima de agressão, Bráulio Escobar, de 41 anos, divulgou nesse final de semana uma carta aberta a Nozari e a “todos os bons e honestos taxistas da cidade”. Segundo o texto publicado no Facebook, o presidente do Sintáxi deu declarações que podem incitar a violência por parte dos taxistas. Apesar de ter se manifestado contra a agressão, Nozari vem reafirmando que a atuação do Uber é criminosa em Porto Alegre.
A EPTC, mesmo considerando o sistema clandestino, garantiu estar monitorando e punindo qualquer tipo de ameaça ou agressão de taxistas contra os trabalhadores da Uber. Os dois já presos por envolvimento no caso tiveram o carteirão suspenso e podem ter o documento cassado se a Justiça confirmar as acusações. A Polícia Civil já identificou mais um motorista de táxi envolvido e outros quatro que, segundo testemunhas, assistiram ao espancamento sem prestar socorro. O inquérito deve ser concluído em até dez dias.
Já a Defensoria Pública do Estado espera análise de pedido liminar para que a Justiça proíba a Prefeitura de multar ou apreender veículos de prestadores de serviços da Uber. A ação civil pública sustenta que o transporte privado acionado por aplicativo é legal de acordo com a legislação federal.