Protesto contra aumento da passagem termina na frente do Palácio da Polícia

Protesto contra aumento da passagem termina na frente do Palácio da Polícia

Manifestantes querem a libertação de dois presos do protesto na Vila São Pedro

Correio do Povo

Aumento na tarifa de ônibus motivou manifestação

publicidade

O aumento das passagens de ônibus em Porto Alegre, que ocorreu no último domingo, voltou a ser motivo de uma manifestação pelas ruas da Capital. O protesto organizado pelo Bloco de Luta pelo Transporte Público reuniu cerca de 600 pessoas desde as 17h no Paço Municipal. Duas horas depois, os manifestantes saíram em uma caminhada que teve fim no Palácio da Polícia, onde protestaram contra ação da Brigada Militar em uma manifestação que ocorreu na Vila São Pedro, na zona Leste, onde pelo menos três pessoas foram detidas.

Munidos com faixas e cartazes exigindo passe livre e a revogação do aumento que elevou a passagem do ônibus para R$ 3,25, o grupo iniciou deslocamento pela avenida Borges de Medeiros sob o grito: “Se a passagem aumentar, Porto Alegre vai parar”. Após passar pela avenida Júlio de Castilhos, os manifestantes subiram a rua Doutor Flores. Lojas foram pichadas, mesmo com a presença do Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar.

Gritando bordões como “Mãos ao alto. Esse aumento é um assalto”, eles entraram na Salgado Filho na direção da João Pessoa. Em todo o trajeto, soldados do BOE se posicionavam diante das agências bancárias e lojas que tinham a fachada com vidros. Ao todo, 150 policiais acompanharam o protesto.

No viaduto da João Pessoa, os manifestantes entraram na rua Engenheiro Luiz Englert, passando ao lado da UFRGS, e na sequência na Osvaldo Aranha. Enquanto caminhavam, os protestantes saltavam e gritavam: “Quem não pula, quer aumento”. Porém, na frente do Hospital de Pronto Socorro o grupo fez silêncio durante a sua passagem.

À esta altura já corria a informação sobre a prisão de pelo menos três pessoas em um protesto na avenida Ipiranga, na zona Leste. Reclamando da ação da Brigada – que teria cometido excessos no local – os manifestantes seguiram até o Palácio da Polícia, com objetivo de exigir a liberação dos deditos. Chegaram até a sede da Polícia Civil após passarem pela Venâncio Aires e João Pessoa. Novamente lojas no caminho foram pichadas e vidros de um centro comercial foram atingidos por pedras. Em uma concessionária de veículos, a polícia ficou postada na entrada e evitou qualquer tipo de depredação.

Na sequência, o grupo entrou na avenida Ipiranga e voltou a fazer silêncio na frente do hospital Ernesto Dornelles. A caminhada foi encerrada na frente do Palácio da Polícia. Eles garantiram que ficariam no local até que os três que estão na 3ª delegacia de polícia fossem liberados. No entanto, informação de que um dos presos teria sido levado ao HPS motivou os manifestantes a deixar o Palácio e retornaram à frente do hospital. No meio do caminho, porém, uma nova informação, de que a pessoa já teria tido alta, fez com que boa parte do grupo desistisse da empreitada, dispersando o movimento pouco antes das 22h. 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895