Protesto de rodoviários interrompe circulação de duas linhas em Porto Alegre
Funcionários da empresa Presidente Vargas protestaram contra o não pagamento de salário e outros benefícios
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Os rodoviários da empresa Presidente Vargas, no bairro Glória, zona Leste de Porto Alegre, paralisaram suas atividades na véspera de Natal e duas linhas de ônibus não circularam e outras realizaram o serviço com menos veículos. Desde às 5h de quinta-feira, a categoria se concentrou na frente da garagem da empresa entre as avenidas Aparício Borges e Oscar Pereira. Os trabalhadores protestaram contra o não pagamento de salário e outras vantagens. Um total de sete linhas que deveriam ter iniciado as viagens por volta das 5h30min de quinta-feira não saíram da garagem.
A população teve aguardar nas paradas a colocação de outros veículos por parte da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e muita gente nas primeiras horas da manhã de quinta-feira estranhou o fato dos ônibus não circularem nos horários tradicionais. As linhas que não funcionaram foram a Vila Jardim, Carlos Gomes/Salso, Petrópolis/Sesc, Santana, São Caetano, Jardim Ipê e Antônio de Carvalho.
Os rodoviários, que estavam acompanhados da direção do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, informaram que nenhum ônibus das sete linhas iriam circular na quinta-feira. Viaturas da Brigada Militar estiveram na garagem para acompanhar o protesto, mas a manifestação foi pacífica. Na chegada dos rodoviários para trabalhar, um grupo de manifestantes informavam os colegas sobre os motivos da paralisação.
O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, Alessandro Ávila, informou que os trabalhadores tiveram redução dos valores dos seus salários, dos tickets alimentação, dos pagamentos das férias e do não pagamento dos atestados pelo consórcio Via Leste. A EPTC informou que em função da manifestação na garagem da Presidente Vargas, no bairro Glória, dos 22 veículos, 11 realizaram o atendimento. As linhas 349, São Caetano, e 492, Petrópolis/Sesc, não circularam.
As demais foram atendidas por sete veículos que saíram por volta das 8h de quinta-feira e quatro que foram remanejados de outros consórcios. A empresa explicou que decidiu priorizar atender linhas com mais demanda de passageiros.
Até o fim da manhã desta quinta-feira, a EPTC, a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) e a Viação Presidente Vargas não se manifestaram sobre as alegações.