Protestos interrompem vias no dia de paralisações em Porto Alegre

A sexta-feira começou em Porto Alegre com a realização de diversos protestos em função do Dia Nacional de Paralisações contra reformas do governo federal. A série de manifestações, que iniciou ainda na madrugada de hoje, deve se estender ao longo do dia com bloqueios de trânsito e atos em vários pontos da Capital e do Rio Grande do Sul. 

Centrais sindicais e estudantes realizaram no começo do dia bloqueios em pelo menos três vias importantes de Porto Alegre. Uma manifestação foi registrada na avenida Ipiranga, em frente à Pontifícia Universidade Católica (PUC) e no cruzamento da rua Silva Só. Além desses locais, manifestantes contra a PEC 241/55, que congela os gastos do governo federal por 20 anos, estiveram presentes na avenida Bento Gonçalves e outro grupo ficou concentrado na rótula que dá acesso à Mauá, próximo à Rodoviária, no Centro da cidade.

Mais cedo, às 4h30min, houve tumulto na empresa Carris, no bairro Partenon, na zona Leste de Porto Alegre, onde os sindicalistas tentaram impedir a saída dos ônibus da garagem. A tentativa de bloqueio foi interrompida pela Brigada Militar (BM), que obrigou o grupo a liberar os coletivos com o uso de bombas de efeito moral e gás de pimenta. 

Já na empresa Nortran houve interrupção da saída dos ônibus pelos manifestantes e o Batalhão de Choque da Brigada Militar (BM) usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o protesto. O restante dos ônibus de Porto Alegre e o Trensurb estão operando normalmente. Até o momento, não há registro de protestos na região Metropolitana.

Ao longo do dia, professores das rede pública e privada também devem paralisar as atividades, em adesão ao Dia Nacional de Paralisações. Os municipários de Porto Alegre devem participar, a partir das 16h, com aula pública e oficina de serigrafia no Largo Zumbi dos Palmares.

Um grupo de estudantes também organiza evento no Facebook chamado “Ocupa FreeWay”, com o intuito de bloquear a BR 290, no trecho de Santo Antônio da Patrulha. O ato também é em apoio às paralisações do dia e contra a PEC 241/55. 

Chamar a atenção e protesto na Esquina Democrática 

O presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Rio Grande do Sul (CTB), Guiomar Vidor, o objetivo é chamar atenção da população sobre o teto de gastos. De acordo com o presidente da CUT/RS, Claudir Nespolo, o dia será marcado por manifestações em Porto Alegre, região Metropolitana e interior.

Um ato de fechamento dos protestos está previsto para as 18h, na Esquina Democrática, no Centro da Capital. “Essa sexta-feira será o Dia Nacional de Greve e Paralisações contra os retrocessos impostos pelo atual governo a respeito da PEC que congela o orçamento, contra o desmonte da previdência e os ataques à CLT”, afirma.