Protestos têm quatro pessoas detidas em Porto Alegre

Um total de quatro pessoas foram presas durante os dois protestos que ocorreram nesta terça-feira em Porto Alegre. Três foram detidos na manifestação que tentou bloquear a avenida Ipiranga, próximo ao cruzamento com a Barão do Amazonas, e uma quarta pessoa foi presa após a manifestação contra o aumento da passagem de ônibus, que terminou na Cidade Baixa. 

A manifestação do Bloco de Luta pelo Transporte Público reuniu centenas de pessoas nesta terça-feira, a partir das 17h, no Centro. A mobilização teve início na prefeitura e os manifestantes percorreram as vias Júlio de Castilhos, Doutor Flores, Salgado Filho, Venâncio Aires e João Pessoa. Ao saberem que três pessoas foram detidas em manifestação na Vila Cachorro Sentado, na avenida Ipiranga, o grupo se mobilizou no Palácio da Polícia. 

No Palácio da Polícia, o grupo permaneceu por mais de uma hora em vigília. A orientação repassada aos manifestantes pelo microfone era de que eles só deveriam deixar o local depois que os indivíduos, que estavam na 3ª Delegacia de Polícia, na zona Norte, fossem liberados.

Logo depois, o grupo decidiu seguir com destino ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), local onde um dos presos teria sido levado. No entanto, na avenida João Pessoa com a Venâncio Aires, o grupo foi informado que ele também já havia sido encaminhado à delegacia. Cerca de três horas após a partida da prefeitura o grupo começou a dispersar e o trânsito nas áreas próximas foi liberado.

Antes, durante o percurso, alguns encapuzados portando pedaços de madeira se incorporaram ao grupo, que fazia uma caminhada pacífica, e protagonizaram depredações. Cartazes contra o aumento das tarifas e que exigiam o passe livre foram exibidos. Além disso, um boneco, que representava o prefeito José Fortunati, foi incendiado durante o percurso. Algumas lojas também chegaram a ser pichadas e vidros foram quebrados.

Durante todo o trajeto, 150 policiais acompanharam a manifestação e se posicionavam diante das agências bancárias e lojas com vidraçaria. Agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), desviaram o tráfego de veículos das ruas que os manifestantes ocupavam.