Putin se isola após casos de Covid-19 em seu entorno

Putin se isola após casos de Covid-19 em seu entorno

Segundo comunicado, presidente está vacinado e em "perfeito estado de saúde"

AFP

Segundo comunicado, presidente está vacinado e em "perfeito estado de saúde"

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O presidente russo, Vladimir Putin, deve se isolar, após a descoberta de casos de Covid-19 em seu entorno, anunciou o Kremlin nesta terça-feira.

"Devido a casos identificados de coronavírus em seu entorno, Vladimir Putin deve respeitar um regime de autoisolamento durante um certo período de tempo", declarou a presidência, em um comunicado, acrescentando que ele está bem.

"O presidente está em perfeito estado de saúde", afirmou seu porta-voz, Dmitri Peskov, destacando que Putin, que está vacinado, foi submetido a um teste de detecção do vírus. O resultado não foi divulgado pelo Kremlin.

Com isso, Putin não participará, presencialmente, de uma cúpula regional no Tadjiquistão.

Ele destacou que Putin, que está vacinado, foi submetido a um teste de detecção do vírus. O resultado não foi divulgado pelo Kremlin.

Desde o início da pandemia, as autoridades russas tomaram medidas excepcionais para proteger o presidente, de 68 anos, que foi imunizado com a vacina de fabricação russa Sputnik V. Antes de se reunirem com o presidente, líderes estrangeiros, jornalistas e funcionários de alto escalão tiveram de passar por um autoisolamento.

Na segunda-feira, Putin se reuniu com o presidente sírio, Bashar al-Assad, e com os atletas russos que voltaram dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.

A Rússia está entre os países mais atingidos pela pandemia da Covid-19. No momento, ocupa o quinto lugar em número de infectados, conforme balanço atualizado da AFP. Apesar da alta disponibilidade de vacinas, as autoridades sanitárias não conseguem conter o avanço da Covid-19. Até esta terça-feira, o país acumulava 7,1 milhões de casos de contágio e mais de 194.000 mortes, o número mais alto da Europa.

População cética sobre vacinas russas

Depois de disparar em agosto, o número de casos chegou a diminuir, mas continua a preocupar. Nas últimas 24 horas, foram registrados 17.837 casos e 781 óbitos.

As autoridades não conseguem convencer uma população cética em relação às vacinas, e pesquisas independentes mostram que a maioria dos russos não quer se imunizar. Apenas 39,9 milhões dos 146 milhões de russos estão totalmente vacinados, segundo o site Gogov, que coleta dados oficiais das regiões.

A Rússia tem várias vacinas de fabricação própria disponíveis para sua população, mas não distribui imunizantes de países ocidentais.

Moscou, epicentro da pandemia no país, e outras regiões implementaram medidas de vacinação obrigatórias para acelerar a imunização. O presidente Putin pede, repetidamente, a seus concidadãos que se vacinem. A meta do Kremlin era ter 60% da população protegida até setembro, o que não foi atingido, ainda que tenha iniciado sua campanha de vacinação no início de dezembro.

O governo russo foi acusado de subestimar os efeitos da pandemia da Covid-19 e de ter desistido de voltar a adotar medidas restritivas após o severo confinamento decretado em 2020. As autoridades depositaram suas esperanças de conter a pandemia nas quatro vacinas de fabricação nacional - Sputnik V, EpiVacCorona, CoviVac e Sputnik Light (de dose única) -, ainda sem sucesso.


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