"Qualquer vacina contra a Covid-19 faz a diferença", afirma diretora-presidente do Clínicas

"Qualquer vacina contra a Covid-19 faz a diferença", afirma diretora-presidente do Clínicas

Para Nadine Clausell, a imunização da população brasileira é fundamental para impedir novas mortes em função do vírus

Felipe Samuel

Diretora-presidente do Clínicas disse que qualquer vacina contra a Covid-19 faz a diferença

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A pandemia do novo coronavírus deixa um rastro de mortes e de pessoas com sequelas por conta da doença, mas o avanço da vacinação no país já permite pensar em dias melhores. Na avaliação da diretora-presidente do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Nadine Clausell, a imunização da população brasileira - aliada às medidas de distanciamento social e uso de máscaras - é fundamental para impedir novas mortes em função do vírus.  

Ao participar por videoconferência do MenuPOA, promovido pela Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), nesta terça-feira, em comemoração aos 50 anos do HCPA, Nadine afirma que as vacinas mudaram o perfil da pandemia. "Hoje quem morre de Covid-19 é quem não está vacinado", alerta. Conforme Nadine, esta é a pandemia dos não vacinados, que 'não se vacinaram por convicção' ou porque fazem parte de grupos que ainda não foram vacinados. "Qualquer vacina faz a diferença. Ficou claro em todos os países, que usaram várias vacinas. Todas servem para prevenir mortes", reforça. 

Questionada pelo vice-presidente da ACPA, Fernando Villarinho, sobre a necessidade de uma terceira dose contra a Covid-19, Nadine afirma que ainda é cedo para dizer se existe a necessidade de mais uma dose de imunizante, uma vez que é preciso vacinar até 80% da população para avaliar 'o resíduo'. "Alguns acreditam que dependendo da faixa etária, do perfil de risco, vale a pena aplicar a terceira dose", observa, acrescentando que a vacinação contra a Covid-19 deve integrar o plano vacinal de todos os países. "Vai ser mais uma vacina para fazer no calendário", completa.

Professora titular do Departamento Medicina Interna/UFRGS, Nadine - que atua no Serviço de Cardiologia do HCPA - está à frente do Clínicas desde 2016. Além de afirmar que a pandemia provocou sofrimento importante na comunidade, ela reforça que a instituição ainda é porto seguro para quem teve que enfrentar a pandemia. Nadine destaca que o HCPA é um hospital com DNA de produção de conhecimento, com ênfase nas áreas de pesquisas. "A pandemia potencializou uma série de iniciativas de pesquisas, como as das vacinas", frisa. 

Ela explica que em Porto Alegre, o Clínicas foi o hospital que mais desenvolveu estudos de grande porte, com um total de mais de 6 mil voluntários vacinados. Com mais de 70 pesquisadores cadastrados no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Clínicas conta com cerca de 7 mil funcionários contratados por concursos públicos. Conforme Nadine, o objetivo é retomar os números de atendimento pré-pandemia, que apontavam 40 mil cirurgias por ano, 2,7 mil partos por ano. 


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