Queda nas vendas preocupa floristas de Porto Alegre
Chuva foi apontada como principal causa para a redução do comércio nos Finados
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“Em 50 anos esse é com certeza o pior ano de vendas. Em função da chuva, a véspera do feriado, que também é um dia importante, teve movimento fraquíssimo. Hoje com a chuva o público presente é pequeno”, comentou Noeli Müller. Ela recordou que em outras oportunidades as filas de clientes começaram a se formar antes mesmo da abertura dos cemitérios. “A expectativa é grande, mas infelizmente, acho difícil ser atendida”, avaliou.
Nesta mesma linha, a florista Nair Neves, que há 27 anos atua ao lado das entradas do Cemitério São Miguel e Almas, avaliou que houve uma mudança na postura dos visitantes, que também não levam mais grandes buquês de flores, mas apenas unidades. “Os mais jovens preferem apenas algumas unidades de crisântemos, rosas ou cravos. Uma maneira de recordação apenas. Antigamente, muitos levaram coroas e até buquês maiores”, avaliou ela, recordando que nem os preços dos produtos tiveram reajuste, na tentativa de atrair ainda mais os clientes. Apesar do pessimismo, o movimento era contínuo na sua banca.
Além disso, equipes de fiscalização da Secretaria Municipal da Indústria e Comércio (Smic) percorreram as áreas próximas aos cemitérios para coibir o possível comércio ilegal de flores. Segundo a chefe da seção de fiscalização de atividades ambulantes da Smic, Luciane Mattei, o número de ocorrências reduziu muito após um trabalho de conscientização e demarcação de pontos de vendas. No ano passado, por exemplo, não houve a apreensão de nenhuma mercadoria irregular. O monitoramento ocorreu no entorno do complexo de cemitérios da avenida Oscar Pereira, nos da zona Sul e o Jardim da Paz, na zona Leste.