Rede Manlec entra em recuperação judicial
Com 38 lojas no Estado, empresa acumula um montante de cerca de R$ 100 milhões em dívidas
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A empresa tem agora 60 dias para apresentar um plano de pagamento do passivo. Pelo período de seis meses, os credores não podem mover nenhum tipo de processo contra a empresa. “No diagnóstico, vamos apurar de que a maneira a empresa tem condições de saldar suas dívidas”, aponta Medeiros. As 38 lojas da rede permanecerão em funcionamento. “A empresa deve honrar os novos compromissos não inseridos na linha de corte desse processo judicial. As novas dívidas eventualmente contraídas devem ser arcadas normalmente como uma empresa normal em atividade.”
Os funcionários demitidos receberam o aviso-prévio no dia 12. A Manlec, no entanto, não efetuará o pagamento de parcelas rescisórias, segundo o Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre (Sindec).
O sindicato trabalha desde terça-feira para conseguir as homologações das demissões. “Pelo menos (os demitidos) poderão encaminhar o seguro-desemprego e sacar o FGTS”, aponta Cordeiro. O departamento jurídico do sindicato ingressará com uma ação judicial coletiva pedindo a antecipação da tutela para que os créditos trabalhistas sejam inscritos como prioritários. “Estamos tentando amenizar a situação dessas famílias da melhor forma.”