Região Metropolitana mantém alerta por causa das cheias dos rios

Região Metropolitana mantém alerta por causa das cheias dos rios

Famílias precisaram sair de casa em razão de alagamentos

Mauren Xavier / Correio do Povo

Cachorro ficou quase submerso

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Mesmo com o término das chuvas, o alerta e os prejuízos provocados pelos temporais permanecem na região Metropolitana de Porto Alegre. O final de semana deve ser de grande apreensão com a possibilidade do transbordamento de rios em função do escoamento da água dos rios da região do Vale do Caí. Enquanto isso, as equipes das defesas civis municipais seguem monitorando o nível dos rios e auxiliando a população no retorno às casas.

Em Cachoeirinha, moradores do bairro Olaria, localizado junto à alça de acesso à freeway com a rua Papa João XXIII, seguem com água dentro das casas. Segundo a Defesa Civil, 10 famílias precisaram ser retiradas. Mesmo assim, algumas pessoas se recusaram a deixar o local. Muitos precisaram utilizar barcos para poderem sair de casa. Em alguns pontos a água chegou a atingir um metro de altura. O monitoramento no local permanece.

Já em São Sebastião do Caí, depois de atingir 12,8 metros o rio começou a recuar, deixando um rastro de barro e sujeira. Assim, parte da população já começou a voltar para as casas. A prefeitura tem auxiliado os moradores na organização das residências e com a distribuição de materiais de limpeza. Isso porque com o transbordamento do rio, a água acabou se misturando ao lixo e à terra. Ao todo, 30 famílias precisaram deixar suas residências. O restante permaneceu no local, principalmente pelo fato de que as casas têm dois andares.

Em Canoas, a preocupação é grande em função da descida das águas dos rios. “Isso normalmente ocorre dias depois das chuvas. Nosso receio é de que o rio transborde. Para isso tem que chegar a 1,8 metro e já está em 0,8 metro”, explicou o coordenador da Defesa Civil da cidade, Mauro Guedes. Ele destacou ainda que o alerta será máximo neste final de semana. “Se não transbordar até domingo, não deverá mais ocorrer”, estima. A área que poderá vir a ser a mais prejudicada é a Prainha de Paquetá, que fica às margens no rio dos Sinos. No local, a maioria dos moradores são pescadores. Fora essa preocupação, o temporal não causou muitos danos na cidade. Os principais problemas foram quedas de árvores e pontos sem energia.

Em São Leopoldo também há preocupação com a possibilidade de o nível do rio dos Sinos subir mais nos próximos dias. Há receio ainda em relação às comunidades ribeirinhas de Porto Alegre. A Defesa Civil da Capital segue acompanhando o nível dos rios adjacentes e do Guaíba.

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