Removidos restos de bebês nascidos mortos no Hospital Presidente Vargas

Removidos restos de bebês nascidos mortos no Hospital Presidente Vargas

Restos de natimortos estavam há mais de cinco meses armazenados de forma precária

Samantha Klein / Rádio Guaíba

Secretaria Municipal da Saúde determinou a retirada do material do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas

publicidade

Após denúncia da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores da Capital sobre a presença de restos de bebês nascidos mortos no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, a Secretaria Municipal da Saúde determinou a retirada do material. Despojos de natimortos permaneciam, há mais de cinco meses, armazenados de forma precária em uma sala do Centro Obstétrico da Instituição. Na última semana, a Prefeitura firmou um contrato emergencial com a empresa Histolab. Funcionários do laboratório já retiraram o material do hospital.

A maior parte foi descartada por não ter mais condições de passar por análise anatômica. Os exames são realizados para verificar as causas das mortes. O problema começou com o rompimento do contrato firmado com o Hospital Conceição, que recolhia os natimortos e fazia as análises de laboratório.

A Secretaria reconhece o problema, mas sustenta que houve uma falha de comunicação interna. Conforme a assessoria de imprensa, o secretário Carlos Henrique Casartelli soube recentemente do problema e imediatamente contratou a Histolab. Há duas semanas, a direção do Presidente Vargas colocou os cargos à disposição.

Já o presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara, vereador Thiago Duarte, disse que a situação dá mais subsídios para que seja instaurada uma CPI da Saúde no Legislativo. “Estou solicitando uma investigação desse processo no Presidente Vargas. Mas também precisamos esclarecer as diversas irregularidades que estão ocorrendo em outros hospitais”.

Durante a semana, Casartelli deve anunciar a nova direção técnica do Hospital Presidente Vargas. Antes do Natal, o secretário montou um gabinete na instituição para averiguar os problemas da instituição. Ele foi procurado pela reportagem, mas a assessoria informou que Casartelli cumpria agenda externa.



Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895