Restaurante no Centro da Capital onde botijão de gás explodiu é interditado

Restaurante no Centro da Capital onde botijão de gás explodiu é interditado

Corpo de bombeiros constatou que o prédio não havia PPCI<br />

Rádio Guaíba

Incêndio em restaurante deixou três feridos no Centro da Capital

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As informações são da Ananda Müller e Bibiana Borba

O Corpo de Bombeiros interditou, no começo da tarde desta quinta-feira, o restaurante DiNápoli, no centro de Porto Alegre, onde a explosão de um botijão de gás deixou três pessoas feridas, na manhã de hoje. De acordo com o oficial de serviço, major Elemar de Mello Fernandes, o prédio não possuía Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI), necessário para a autorização de funcionamento do estabelecimento. A partir do acidente e da ausência desse documento, o local foi interditado até a regularização. Agora, os proprietários terão de contratar profissionais especializados para confeccionar o plano, encaminhá-lo à corporação, receber a autorização para as adequações no espaço e passar por vistoria técnica para, apenas depois de todo esse processo, receber a autorização para reabertura – em caso de adequação total às normas vigentes.

A Secretaria de Indústria e Comércio (Smic) de Porto Alegre garante que o alvará de localização e de funcionamento do DiNápoli estão em dia. Questionada sobre o acidente, a assessoria de comunicação da Prefeitura afirmou que as questões referentes à prevenção de incêndios são de competência dos bombeiros.

Como o prazo para a realização das vistorias em estabelecimentos comerciais por parte dos bombeiros é extenso – principalmente depois do incêndio na boate Kiss e a maior procura pelo serviço -, muitas prefeituras liberaram alvarás provisórios para que os estabelecimentos funcionem mesmo sem os PPCIs. Nesse hiato de tempo, até a entrada em vigor da lei estadual de incêndio, muitos locais permanecem irregulares: em Porto Alegre, o alvará provisório vale por um ano e é prorrogável por mais dois.

Três feridos em explosão

O sobrinho do proprietário do restaurante, Ronaldo Scapini, de 27 anos, sofreu queimaduras de 2º grau no abdome, braços e cabeça, e o funcionário Sílvio Marcelo Pereira Gomes, de 25, teve queimaduras mais leves. De acordo com comerciantes vizinhos, eles saíram correndo da cozinha e foram levados por um taxista até o Hospital de Pronto Socorro, no momento da explosão, por volta das 10h15min. Outra funcionária inalou fumaça e foi atendida, depois, pela equipe do Samu que chegou ao local.

Conforme o Sargento Ercílio Assis, do 1º CRB (Comando Regional dos Bombeiros da Capital), um vazamento de gás na ignição de um botijão é a causa mais provável da explosão. As chamas podem ter sido causadas, até mesmo, pelo acendimento de lâmpadas no local, uma peça anexa à cozinha do restaurante, onde havia quatro botijões de gás. A peça anexa à cozinha sofreu danos na estrutura.

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