Restinga vai ganhar Centro Popular de Compras
Administrada pela prefeitura da Capital, obra deve ser concluída no segundo semestre
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Diferente do Shopping do Porto (o camelódromo do Centro), que é uma concessão do município a uma empresa privada, o novo CPC será administrado pela prefeitura. O sistema de gestão é semelhante ao Mercado Público. “Existe uma permissão de uso, o comerciante paga um valor, e a partir do momento em que há inadimplência ele é notificado e tem um prazo de 30 dias para sair”, explicou o secretário municipal de Indústria e Comércio, Valter Nagelstein. Além de camelôs, o novo CPC deverá beneficiar também um grupo de produtores de hortigranjeiros. O número de boxes que eles irão ocupar ainda não foi definido.
O valor do aluguel será definido em conjunto com a Secretaria da Fazenda. De acordo com Nagelstein, o custo para os comerciantes será mínimo por ser um empreendimento social. Além de combater a informalidade, o secretário afirma que o trabalho dos camelôs terá um salto de qualidade ao contar com um espaço com proteção. “A exemplo do que já acontece no Shopping do Porto, o camelódromo oferecerá maior dignidade aos comerciantes populares do bairro”, acredita.
Administrado pela prefeitura, empreendimento deve ficar pronto no segundo semestre | Arte: Divulgação/PMPA
Novos CPCs podem ser construídos em outras áreas de Porto Alegre
A Restinga, conforme Nagelstein, recebeu o empreendimento por ser um bairro com alta densidade populacional e ter um comércio de rua consolidade. “Identificamos isso como um problema econômico e faz parte da nossa política de apoio tirar essas pessoas da informalidade”, justificou. O secretário não descarta a possibilidade de investimentos em novos centros populares, em especial na zona Norte da Capital. O Jardim Leopoldina, segundo ele, seria um dos locais aptos a receber um empreendimento semelhante.
Localizado na esquina entre a avenida Nilo Wulff e estrada João Antônio Silveira, o CPC da Restinga será construído sobre uma área de 620 metros quadrados. Como cobertura será utilizada a estrutura metálica e telhas dos terminais de transporte coletivo da Praça Rui Barbosa, além de complementos da empresa responsável pela obra.
O presidente da Associação de Moradores da Vila Restinga (Amovir), Jorge Gomes, está otimista com o novo empreendimento que o bairro irá receber. De acordo com ele, além de tirar os camelôs da informalidade, o CPC poderá inclusive atrair outras iniciativas e impulsionar a geração de empregos. “A Restinga é um bairro que está crescendo muito, com um comércio muito grande”, afirmou.