Retirar moradores de áreas de risco é desafio da Defesa Civil

Retirar moradores de áreas de risco é desafio da Defesa Civil

Para coordenador do órgão gaúcho, Estado tem que se apropriar dessas regiões

Correio do Povo e Rádio Guaíba

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A maior dificuldade da Defesa Civil do Estado é convencer os moradores a deixarem suas casas em áreas de risco de cheias. A preocupação é do coordenador do órgão, coronel Oscar Moiano. “Esse não é um trabalho simples. É uma questão cultural, elas constroem a vida junto ao rio, então não se trata simplesmente do ato de retirar as pessoas dali”, disse em entrevista à Rádio Guaíba na manhã desta quarta-feira.

Moiano frisou a importância da ajuda do poder público para que essas pessoas não sofram mais com as enchentes. Para ele, é necessário que o Estado se aproprie dessas terras e impeça que elas sejam usadas para moradia. “As pessoas não podem receber infraestrutura em áreas de risco, como água, luz. É um processo de mudança cultural”, avaliou o coronel.

Há quase dois meses, com a possibilidade da chegada do El Niño, a Defesa Civil dobrou a atenção em áreas que poderiam apresentar problemas com as cheias de rios. No momento, são mais de 438 pessoas em abrigos públicos. Segundo o coronel Moiano, o número de pessoas fora de casa deve reduzir lentamente a partir de agora. Isso acontece porque, apesar da diminuição da intensidade das chuvas, há muitos danos, deixando o número estagnado.

Cerca de 2,5 mil pessoas ainda estão desalojadas, mas a chuva que atingiu o Estado na madrugada desta quarta-feira não trouxe nenhum problema. Segundo Moiano, a chuva só aumenta a dificuldade de prosseguir com os trabalhos. A intenção do órgão a partir de agora é fazer ações preventivas para diminuir as perdas materiais e evitar a morte de pessoas.

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