Retorno dos cruzeiros marítimos depende do governo federal

Retorno dos cruzeiros marítimos depende do governo federal

Governo e entidades que representam o setor dos cruzeiros devem decidir sobre retorno das atividades nos próximos dias


R7

Temporada 2021-2022 depende de decisão do governo e entidades do setor de cruzeiros

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Apesar de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter divulgado que não recomenda a realização da temporada 2021-2022 dos cruzeiros marítimos, a volta das atividades na costa brasileira ainda depende de negociações entre o governo federal e entidades que representam o setor. De acordo com o Ministério do Turismo (MTur), a reunião para debater o tema deve acontecer nos próximos dias.

“Há reuniões marcadas no decorrer dos próximos dias para discussão e adequações dos robustos protocolos de segurança apresentados pelo setor, confiantes de que essa importante atividade econômica possa voltar com segurança no Brasil”, informou a pasta. Casa Civil, Ministério da Saúde, Justiça e Infraestrutura também devem participar da decisão. No entanto, a data ainda não foi fixada e depende de conciliação da agenda dos órgãos.

Mesmo com a situação indefinida, o início da temporada de cruzeiros continua prevista para novembro. Saindo do Terminal Concais, no Porto de Santos, seis navios estão com data marcada para percorrer a costa brasileira: entre 5 de novembro de 2021 e 15 de abril de 2022.

Em nota, a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil) afirma que continua trabalhando pela viabilização da temporada e, inclusive, deve participar da reunião com ministros e órgãos competentes e responsáveis pelo assunto. Ainda segundo a associação, "robustos protocolos de segurança foram apresentados pelo setor".

“Estes protocolos foram criados por médicos, cientistas e especialistas, em consonância com as autoridades sanitárias de todo o mundo, sempre colocando a segurança dos hóspedes, tripulantes e das cidades visitadas em primeiro lugar”, diz a nota. 

Prejuízo econômicos

A pandemia fez com que, em média, os navios de cruzeiros passassem três quartos do ano passado parados. Cerca de US$ 110 bilhões deixaram de ser movimentados. No Brasil, as perdas são relevantes. De acordo com o estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para a temporada 2019-2020, o país perdeu mais de R$ 2,62 bilhões em impacto econômico e 39,5 mil empregos deixam de ser gerados.


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