Reunião entre Prefeitura e Simpa termina sem acordo

Reunião entre Prefeitura e Simpa termina sem acordo

Prefeito Nelson Marchezan Júnior garantiu de que projetos do governo não serão votados nos próximos 40 dias

Marco Aurélio Ruas

Reunião entre Marchezan e Simpa terminou sem acordo nesta segunda

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A primeira reunião entre o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) e o prefeito Nelson Marchezan Júnior resultou sem nenhum acordo. O encontro ocorreu na tarde desta segunda-feira no Paço Municipal. Em proposta por parte do governo municipal, o prefeito ofereceu aos servidores a garantia de que os projetos não serão votados nos próximos 40 dias e a criação de um grupo de trabalho com representantes da Prefeitura e do Simpa para a promoção de um debate sobre as propostas durante o período.

Por um lado, o prefeito ressaltou que as propostas não serão retiradas por serem fundamentais para o equilíbrio financeiro do município. Por outro lado, as centenas de municipários que aguardavam pelo final da reunião demonstraram insatisfação com o resultado e a resistência do governo em manter os projetos. Com isso, a greve dos municipários segue e novos rumos da mobilização da categoria serão discutidos em assembleia marcada para esta terça-feira, na Casa do Gaúcho.

O prefeito ressaltou que o debate com a categoria é permanente desde o início da sua gestão. “Em dez meses de governo, tivemos 26 reuniões com o Simpa. Hoje é a 27ª reunião. E nenhuma durou menos de duas horas. Não pode se dizer que, em algum momento, não se teve diálogo”, argumentou Marchezan. Ele ainda relatou que o governo respeitará a decisão da Justiça que proíbe o corte do ponto dos servidores por conta da greve. “Vamos entender se o Simpa continuar com a greve, mas o que nós gostaríamos é de promover esse grande debate”, disse.

O diretor geral do Simpa, Alberto Terres, avaliou que o fato de o prefeito ter se reunido com a categoria mostra uma evolução. “Precisamos de 19 dias de greve para arrancar do governo uma mesa de negociação”, salientou. “Entendemos que o processo de negociação será considerado pela categoria, mas dependerá do que o governo encaminhará por escrito. Vamos analisar essa proposta. Vai depender da assembleia”, disse sobre a proposta.

Durante o dia, o entorno do Paço Municipal teve a presença de mais de duas mil pessoas, a maioria municipários. A categoria, em greve há mais de 15 dias, esteve mobilizada para reunião. Com carros de som, os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o prefeito. Representantes da CUT e CTB também falaram no caminhão Simpa e manifestaram apoio à categoria.

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