Reunião pode evitar fechamento da única UTI de Vacaria

Reunião pode evitar fechamento da única UTI de Vacaria

Direção do hospital e Secretaria de Saúde marcaram encontro para 6 de julho

Luiz Felipe Mello

Nessa segunda, funcionários realizaram abraço ao Hospital Nossa Senhora da Oliveira

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Com o risco de fechar desde o começo do ano, a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Nossa Senhora da Oliveira, em Vacaria, iria paralisar o atendimento nesta quinta-feira, mas a direção da instituição conseguiu postergar a medida após marcar uma reunião com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) para o dia 6 de julho, com o objetivo de negociar o retorno dos incentivos para garantir o funcionamento do hospital. A informação foi divulgada nesta terça-feira pela assessoria de imprensa da instituição.

O Nossa Senhora da Oliveira é um hospital de referência para outros oito municípios da região dos Campos de Cima da Serra, além de Vacaria. A instituição abriga a única UTI que pode atender pacientes de Bom Jesus, Campestre da Serra, Esmeralda, Jaquirana, Monte Alegre dos Campos, Muitos Capões, Pinhal da Serra e São José dos Ausentes. Sem o funcionamento do setor, pacientes mais graves têm que ser transferidos para o Hospital Centenário em Caxias do Sul, na Serra, onde fica a UTI mais próxima.

Atualmente, a UTI do Nossa Senhora da Oliveira conta com 10 leitos adultos e, conforme dados de 2015, a taxa de ocupação é de 87%. De acordo com o hospital, o incentivo do governo estadual de R$ 185 mil foi cortado ainda em dezembro de 2014. Até agora, o montante que deixou de ser repassado à instituição ultrapassa os R$ 3 milhões. A direção avalia que seriam necessários R$ 270 mil mensais para garantir a operação da casa de saúde.

Em entrevista ao Correio do Povo nesta terça-feira, o prefeito de Vacaria, Elói Poltronieri, comentou que o município e outras cidades se reuniram para ajudar o hospital com novos recursos que somam R$ 70 mil mensais. A administração do Nossa Senhora da Oliveira alegou que o valor não é suficiente, mas ainda assim prorrogou o prazo de funcionamento da UTI, que pode se esgotar na próxima quarta-feira, data da reunião com a SES. 

"Nessa segunda, os funcionários realizaram uma manifestação e fizeram um abraço ao hospital. Fechar a UTI é uma maneira de pressionar o governo. Nós temos ajudado com o que podemos, mas o incentivo do Estado precisa voltar. Eu garanti a chegada de novos recursos juntamente com outros prefeitos, mas eu sei que vou ter de tirar de outros serviços para poder pagar o contrato", explicou Poltronieri. 

À reportagem, a assessoria de imprensa da SES afirmou que o órgão está levantando números sobre o assunto e deve pronunciar-se nesta quarta-feira. 


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