Reuniões devem definir início da consulta pública para a concessão da Redenção

Reuniões devem definir início da consulta pública para a concessão da Redenção

Permissionários conhecerão hoje detalhes do projeto, que inclui cercamento do parque e estacionamento subterrâneo

Felipe Faleiro

Projeto de concessão do Parque Farroupilha deverá passar por consulta pública

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Duas reuniões realizadas nesta segunda-feira devem definir ainda nesta terça o início da consulta pública do projeto de concessão do Parque Farroupilha – popularmente conhecida como Redenção – em Porto Alegre. O prazo para sugestões é de 30 dias. A Secretaria Municipal de Parcerias (SMP) defende o modelo, ainda que haja alguns impasses, que a pasta espera poder resolver com a opinião da população. O edital em si deverá ser publicado no primeiro semestre de 2023, após a audiência pública marcada inicialmente para novembro que deve repercutir as sugestões relacionadas ao projeto. Amanhã, às 14h30, haverá uma coletiva de imprensa no 18º andar do Centro Administrativo Municipal para detalhar o projeto.

A primeira, no período da manhã, e realizada nas dependências do próprio parque, teve a participação de cerca de 60 pessoas, a maioria pequenos permissionários do local, vereadores, moradores do bairro Bom Fim, membros do Conselho de Usuários do parque, entre outros. “A reação contra o projeto foi muito ruim. Os moradores acreditam que haverá bastante impacto”, afirma o prefeito do Parque da Redenção, Roberto Jakubaszko, que ajudou a coordenar a reunião, considerada “forte” por ele.

O projeto justificado por Jakubaszko diz respeito ao estacionamento subterrâneo idealizado na proposta, e que o prefeito da praça acredita ser “muito difícil avançar” graças a sua impopularidade. “Há votos a favor, mas a grande maioria do Conselho de Usuários é contrária [ao estacionamento]”, comenta. À tarde, a segunda na Prefeitura deve envolver os chamados grandes permissionários. 

Ele afirma, porém, que as receitas do estacionamento seriam a única fonte de renda do eventual concessionário da Redenção. Outro ponto é igualmente polêmico. Trata-se do cercamento da praça, possibilidade negada desde o início das discussões pela Prefeitura, mas que eventualmente retorna à pauta em razão dos sucessivos furtos de fios e cabos da iluminação pública na Redenção. Em 2019, o tema deixou de exigir plebiscito, após o projeto ter sido desarquivado pelo vereador Felipe Camozzato, eleito deputado estadual nas eleições do último dia 2.

A intenção é que a consulta pública não colha apenas sugestões para a gestão do parque Farroupilha, mas também para o Marinha do Brasil, o Trecho 3 da Orla do Guaíba e o calçadão do Lami, hoje todos administrados pela Prefeitura. O prefeito Sebastião Melo já havia dito que era favorável conceder “alguns parques” à iniciativa privada, e a SMP nega a associação da medida com uma eventual privatização.


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