Rodoviários da Carris realizam vigília na sede da empresa em Porto Alegre

Rodoviários da Carris realizam vigília na sede da empresa em Porto Alegre

Categoria pretende realizar uma mobilização para acompanhar a votação do projeto

Cláudio Isaías

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Como parte das ações para evitar a desestatização da Carris, os rodoviários da empresa realizaram neste sábado uma vigília na frente da sede da empresa na rua Albion, no bairro Partenon, na zona Leste de Porto Alegre. Um grupo de 50 trabalhadores defendeu uma Carris 100% pública. Os manifestantes colocaram faixas com as mensagens: "Carris Unida jamais será vendida!" e "Prefeito Melo# A Carris é do povo de Porto Alegre".

Maximiliano da Rocha, delegado sindical da Carris, informou que na segunda-feira os rodoviários da empresa pretendem realizar uma mobilização para acompanhar a votação do projeto que trata sobre a desestatização da Carris na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. A proposta que tem como objetivos eliminar aportes de capital do município à Carris, devido à mudança de cenário do transporte público. "Estamos aqui para defender os trabalhadores e a nossa empresa", destacou Rocha. Conforme o dirigente sindical, a Carris é a melhor empresa de transporte coletivo do Brasil, comparando público e privado. É um exemplo. Ela regula o transporte coletivo da Capital", destacou. Os rodoviários, segundo Rocha, são contrários ao projeto da prefeitura de privatização da empresa, contra a demissão de trabalhadores e contra a extinção do cargo de cobrador. 

Os rodoviários da Carris estão insatisfeitos com a proposta de desestatização da empresa, sugerida pela prefeitura como parte da reestruturação do transporte público da cidade. A categoria também é contra a retirada gradual de cobradores. Para o prefeito Sebastião Melo (MDB) a desestatização da Carris irá proporcionar uma passagem mais barata. Segundo ele, a empresa pública gasta 21% a mais por quilômetro rodado do que qualquer consórcio privado.

Segundo Melo, a cada mês o presidente da Carris apela para que sejam liberados R$ 6 milhões para pagar salários e despesas. O chefe do Executivo municipal afirma ainda que o faturamento da Carris hoje não suporta a operação. A Carris é a empresa de transporte coletivo mais antiga do país, fundada em 1872. Atualmente, segundo informações da empresa, 107 mil clientes são atendidos diariamente pelas suas linhas.
 


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