Rodoviários de Porto Alegre estão divididos em campanha por reajuste salarial

Rodoviários de Porto Alegre estão divididos em campanha por reajuste salarial

Grupo diverge de negociação encaminhada pelo StetPoa

Heron Vidal

Rodoviários de Porto Alegre estão divididos em campanha por reajuste salarial

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 Rodoviários de Porto Alegre estão divididos com a campanha salarial conduzida pela direção do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte de Porto Alegre (StetPoa) junto ao Sindicato das Empresas de Ônibus da Capital (Seopa). A data base é 1º de fevereiro.

Assembleia geral foi convocada às 9h desta sexta-feira no terminal Princesa Isabel, mas não pelo StetPoa. “É para todos. Vamos decidir sobre os rumos da categoria”, avisa Elton Webber, membro do Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu), pela CUT-RS, e servidor da Carris.

Duas propostas são causas do racha: o StetPoa aceitou plebiscito com urnas para os rodoviários decidirem sobre o dissídio e o aumento de 67% no plano de saúde, hoje de R$ 30,00 por mês.

Webber diz que a assembleia geral é soberana, não um plebiscito sem fiscalização que pode ser manipulado, e que a lei complementar 364/1995 prevê plano de saúde e assistência hospitalar gratuitos ao trabalhador.

A pauta do dissídio tem 120 itens mas “a direção do StetPoa negocia só cinco, entre eles o índice de reajuste de 5,50% e o vale transporte”, critica. Vice-presidente do StetPoa, Sandro Abbade, nega assembleia às 9h.

O plebiscito começa a partir das 4h desta sexta nas garagens. “Não temos como reunir 9 mil pessoas num espaço para assembleia. Teríamos que parar 100% o transporte público da cidade”, reage o sindicalista.

Uma urna será colocada em cada empresa de ônibus para colher o voto dos rodoviários, se concordam ou não com as propostas ao dissídio . “Isso é arbitrário”, acusa Webber.

Para Abbade, “é uma forma democrática e séria de ouvir a categoria. Não temos como reunir 9 mil pessoas num espaço para assembleia. Teríamos que parar 100% o transporte público da cidade”.

Em nota distribuída a imprensa, Webber lança dúvidas sobre a lisura do plebiscito. “A pergunta que não quer calar, é quem irá fiscalizar? Quem irá aplicar? Que garantias que temos que haverá transparência e honestidade?”, afirma o texto.

As propostas centrais das negociações entre SetPoa e Seopa que serão votadas no plebiscito, são de índice de 5,5% de reajuste salarial, vale refeição a R$ 25,00 e aumento do plano de saúde de R$ 30,00 para R$ 50,00.

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