Rodoviários de Porto Alegre indicam paralisação se empresas não regularizarem vale-alimentação

Rodoviários de Porto Alegre indicam paralisação se empresas não regularizarem vale-alimentação

Trabalhadores tiveram encontro com secretário de Mobilidade Urbana de Porto Alegre após atraso de 30% no benefício

Correio do Povo

Grupo se reuniu com Záchia

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Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte de Porto Alegre (Stetpoa) foram recebidos pelo secretário de Mobilidade Urbana, Luiz Fernando Záchia, nesta quarta-feira. Eles protestam não terem recebido o pagamento do vale-alimentação em repasse único, como determina o acordo coletivo em vigor. O atraso é de 30% do benefício.

Mobilizados desde o início da manhã, os rodoviários pretendiam se encontrar com o prefeito Sebastião Melo, que não estava presente devido a uma agenda externa. No final da tarde, Melo e o secretário Zácchia se reuniram, mas não chegaram a um definição sobre o tema. Um novo encontro deverá ocorrer nesta quiinta-feira para continuar analisando os números e chegar a uma definição.

Segundo a entidade, seis empresas informaram aos trabalhadores a necessidade de atrasar, em partes, os depósitos do ticket. As empresas Sudeste, VAP, VTC, Restinga, Trevo e Gazômetro alegaram falta de recursos em caixa para integralizar o benefício. 

O Stetpoa também contesta o valor do vale-refeição, fixado em R$ 27,50/dia. Os trabalhadores pedem um aumento de, pelo menos, R$ 4,50, o que elevaria o total para R$ 32/dia. Além do atraso no vale-refeição, a categoria se queixa por estar há dois anos sem aumento salarial. Os rodoviários querem reajuste salarial com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e mais um ganho real de 3%.

Na saída da prefeitura, o presidente do sindicato, Sandro Abbáde, referiu o encontro com o secretário como positivo, mas não descarta a possibilidade de greve em caso de não resolução do problema. “A patronal disse que o Município é quem está atrasando o repasse, por isso fomos cobrar do prefeito. O secretário Záchia disse que não deve nada às empresas, mas entende que a situação financeira está difícil. Se não tivermos a resposta que queremos nesta quinta feira, já estaremos imediatamente nos corredores e avenidas, o que vai causar transtorno, mas para mostrarmos nossa indignação”, afirmou. Outra medida em curso é a denúncia encaminhada ao Ministério Público, após a confirmação do descumprimento da convenção coletiva de trabalho.


 


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