Rodovia do Parque é vistoriada na Região Metropolitana

Rodovia do Parque é vistoriada na Região Metropolitana

Obras estão sob suspeita de terem sofrido um sobrepreço de R$ 90 milhões

Karina Reif / Correio do Povo

Obras estão sob suspeita de terem sofrido um sobrepreço de R$ 90 milhões

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 A BR 448, a Rodovia do Parque, apontada como um dos projetos com indícios de irregularidade pelo Tribunal de Contas da União (TCU), foi vistoriada nesta quinta, em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Previstas para encerrar em 20 de dezembro, as obras estão sob suspeita de terem sofrido um sobrepreço de R$ 90 milhões. O coordenador da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Afonso Florence, deve levar aos parlamentares um parecer sobre a situação da rodovia e, depois de audiência pública, será votada a possibilidade de paralisação de envio de recursos. “Constatamos que a obra está em processo de conclusão. O estágio é um dos critérios avaliados e será levado em consideração”, afirmou, dizendo que a estrada é importante para a região e deve ser entregue à população.

O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Estado, Pedro Luzardo Gomes, explicou que os apontamentos são uma divergência dos métodos utilizados para os cálculos. “Acreditamos que da maneira que fizemos, está certo”, declarou. Segundo ele, dos R$ 90 milhões que seriam de sobrepreço, o órgão já conseguiu justificar R$ 50 milhões. 

Segundo o secretário da Secretaria de Fiscalização de Obras Rodoviárias TCU, Arsênio Dantas, houve a recomendação de ajustes em 2011 e em 2012. O Dnit apresentou justificativas, que não foram aceitas e recorreu da decisão. A respeito do preço, ele explicou que ocorreu uma diferença observada nos valores calculados para produtividade e distância, por exemplo, e a obra poderia custar menos. Por isso, o tribunal entendeu que era preciso ser feito um reequilíbrio econômico.

A Rodovia do Parque tem pouco mais de 22 quilômetros entre Sapucaia do Sul e Porto Alegre. A promessa é de que a estrada ajude a desafogar a BR 116, que é a atualmente a única alternativa para 130 mil veículos que saem diariamente da Região Metropolitana e do Vale do Sinos para chegar a Porto Alegre. A expectativa é de que a BR 448 desloque 40% do fluxo. Além disso, ela servirá como rota de escoamento da produção gaúcha.

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