RPMon de Porto Alegre registra primeiro nascimento de cavalo em nove anos

RPMon de Porto Alegre registra primeiro nascimento de cavalo em nove anos

Leitores do Correio do Povo podem ajudar a escolher o nome da potrinha

Franceli Stefani

RPMon de Porto Alegre registra primeiro nascimento de cavalo em nove anos

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Depois de uma década, o 4º Regimento de Polícia Montada (RPMon) de Porto Alegre registrou o nascimento de uma potrinha. Ubá da Serra, de raça Brasileiro de Hipismo, deu a luz na cocheira do quartel, às 22h de sábado. Saudável, a cria, da cor castanho escuro, levantou cerca de trinta minutos depois de nascer e logo foi procurar a mãe para se alimentar. O capitão veterinário Stéfano Leite Dau ressaltou a importância do animal consumir o leite no máximo duas horas após o nascimento. “Dessa forma ele adquire anticorpos para se defender de possíveis doenças ou infecções. A aproximação das duas foi rápida”, frisa ele, que acompanha de perto esse processo de adaptação.

Depois de passarem a noite juntas na cocheira, para que pudessem se conhecer e que o instinto materno fluísse, foram soltas no carriere do regimento – um espaço de gramado, semelhante a um campo, onde são realizadas provas hípicas. Na tarde nublada de domingo, Ubá não desgrudava da cria. Curiosa, a pequena tentava desbravar cada espaço. “É importante que elas se conheçam, ainda mais que ela é mãe de primeira viagem. Percebemos a conexão entre as duas”, disse ele. Entre uma pausa para se alimentar e descansar, a filhote ensaiava alguns trotes. 

Dau salientou que dentro de uma semana ou até um mês, as duas serão levadas para Santa Maria. “Lá é nosso centro criatório, onde há mais estrutura. Aqui não temos acomodações necessárias e adequadas para elas. Por questão de logística, aguardamos o momento do parto para realizar a transferência.” O capitão explica que após o desmame feito, o que deve ocorrer depois de seis meses, ocorre a separação dos animais. “Aí será feita uma avaliação para sabermos se a Ubá permanecerá em Santa Maria ou retornará para o regimento.”

Quanto ao futuro da pequena, ainda é cedo para dizer. O tenente Márcio Leandro Mutto ponderou que é somente a partir do quarto ano que é iniciado o trabalho da doma. “Ela precisa se acostumar a distintos barulhos, às cores e precisa ficar próxima do ser humano. Precisa se adaptar à cela, cabeçada e montaria”, explicou. Depois de cerca de seis meses ela vai para o grande teste, a rua. “Nós tentamos, se não conseguirmos na primeira vez, vamos novamente. Temos técnicas para isso.”

Da descoberta até o nascimento

O tenente explicou que nos últimos 20 anos, esse foi o terceiro parto que aconteceu no regimento. O primeiro caso, há quase duas décadas, foi da égua Hipnose, porém o filhote não sobreviveu. Depois, em 2010, Jupira deu a luz a um potrinho. “Ele também foi encaminhado à Santa Maria devido às condições de criação e a especialidade do local”, expressou. Agora, foi o caso da Ubá. O animal, de cerca de cinco anos, chegou em agosto de 2018 no quartel. “Ela veio de Santa Maria também e descobrimos há 45 dias que estava prenhe. A gestação na espécie é de 11 meses”, frisa.

Conforme o capitão veterinário, a policial responsável pela égua percebeu que a barriga de Ubá não diminuía. “Ela teve um episódio de desconforto abdominal, fizemos o tratamento clínico e ela voltou para o trabalho. Depois de uns 30 dias registrou o mesmo episódio, fizemos mais exames e descobrimos a gestação.” No mesmo instante, ela foi afastada para descansar até o parto, que foi tranquilo e ela já está recuperada. 

Ajude a escolher o nome

Os leitores do Correio do Povo poderão ajudar a escolha do animal. De acordo com o tenente Márcio, a única exigência é que seja com a letra C, porque todos os equinos são organizados pela primeira letra. “Basta encaminhar a sugestão através das redes sociais e comentários, que o melhor será escolhido pelos profissionais do regimento.”


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