RS deve atingir menor índice de mortalidade infantil em 2017

RS deve atingir menor índice de mortalidade infantil em 2017

João Gabbardo dos Reis afirmou que causas das mortes também mudaram em comparação às décadas anteriores

Correio do Povo

João Gabbardo dos Reis afirmou que causas das mortes também mudaram em comparação às décadas anteriores

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O Rio Grande do Sul deve atingir em 2017 o menor índice de mortalidade infantil em sua história. A revelação é do secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, que participou como convidado da última sessão ordinária desse ano da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina, realizada na manhã de sábado passado na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. “Vamos atingir a meta de ficar abaixo de 10 óbitos para cada mil nascidos vivos. Nenhum estado brasileiro conseguiu ficar abaixo desse índice”, afirmou.

Nos últimos 30 anos, segundo ele, a mortalidade infantil ficava entre 30 e 50 no RS. As causas dos óbitos mudaram em comparação às décadas anteriores. “A mortalidade infantil neste momento não se dá mais por problemas como desnutrição e qualidade da água. Hoje é diferente. Ela ocorre mais por dificuldades do pré-natal, que não é feito em alguns casos, ou pelo atendimento do recém-nascido acontece em unidades que não são as mais adequadas”, explicou.

O secretário também destacou a queda nos índices de mortalidade materna no RS. “Ela está um pouco abaixo dos 30 óbitos de mulheres para cada 100 mil partos”, anunciou. “Já esteve o dobro, em 60 óbitos, nos últimos anos”, recordou, acrescentando como fatores positivos a melhoria das condições de pré-natal e de parto. “Em princípio, o enfrentamento é o mesmo para mãe e filho pois ambos tem os mesmos riscos”, resumiu.

João Gabbardo dos Reis comemorou também o fato de que 2017 vai encerrar sem que o RS tenha registrando nenhum caso de dengue, zika e chikungunya. “Isso é inédito. Nunca aconteceu isso”, observou. Um dos motivos, supôs, é que as famílias ficaram assustadas com os casos de má-formação do cérebro de bebês, conhecida como microcefalia. O secretário disse que houve então uma preocupação maior da população em relação ao combate ao mosquito. “Quando era apenas dengue, a preocupação era uma. Com a possibilidade de ter um filho, um neto, um vizinho com microcefalia, as famílias se mobilizaram mais”, constatou.

Durante a última sessão ordinária desse ano da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina ocorreu a cerimônia de concessão do título de membro honorário da instituição ao professor Cláudio Laks Eizirik, que ministrou em seguida uma palestra sobre a psicanálise no século 21, abordando os desafios da especialidade em um novo mundo, no qual a biologia molecular a cada dia desvenda novos aspectos das doenças.

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