RS deve economizar 0,5% de energia com horário de verão

O horário de verão, que se iniciou em 16 de outubro e termina à meia-noite de sábado, deve gerar uma economia de energia de 4,9% no horário de demanda máxima, correspondente a 245 MW, e de 0,5% no consumo total do Estado. As informações foram divulgadas na tarde desta sexta-feira pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), baseadas em dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Na área de atuação da CEEE, responsável pelo atendimento de 1,5 milhão de consumidores residentes em 72 municípios das regiões Sul, Litoral Norte e Sul, Centro Sul, Campanha e Metropolitana de Porto Alegre, a economia deve ser de cerca de 18,5 mil MWh, o equivalente ao consumo de energia durante quatro meses do município de Pinheiro Machado, com população de quase 13 mil habitantes.

Já na área de concessão da AES Sul, houve redução de 5,1% na demanda durante o horário de pico, correspondendo a aproximadamente 230 MW. A economia total atingiu 820 MW, equivalentes ao consumo residencial de um município como São Leopoldo, no Vale do Sinos, com cerca de 214 mil habitantes.

O impacto verificado no consumo mensal de energia elétrica na área da AES foi de 0,5%, o que representa uma economia de quase 4,7 mil MWh/mês, que equivale ao consumo de um município como Bom Princípio, no Vale do Caí, com 11,8 mil habitantes, ou Jaguari, na região Central, com 11,5 mil.

Nos 12 estados que adotaram o horário de verão, a demanda no horário de pico sofreu uma redução de 2.555 MW, ou 4,6%. A economia corresponde a R$ 160 milhões, em razão da diminuição da necessidade de geração térmica no Sistema Interligado Nacional (SIN), que teve como consequência a redução na tarifa de luz para os consumidores.

Relógios devem ser atrasados

O horário de verão teve como objetivo de reduzir a demanda máxima do SIN durante a faixa de maior consumo, das 18h às 23h. À meia-noite de sábado, os relógios dos moradores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia e Distrito Federal devem ser atrasados em uma hora. Neste ano, por coincidir com o final de semana de Carnaval, a medida foi adiada para o dia 26 – normalmente, o horário de verão termina no terceiro domingo de fevereiro.

No Rio Grande do Sul, ao contrário do resto do País, a demanda máxima de energia é registrada no horário da tarde (entre 14h e 15h), quando há um conjunto de cargas de refrigeração utilizadas por todos os segmentos de consumo, intensificadas nos dias mais quentes. Neste ano, a CEEE registrou, em 16 de fevereiro, a demanda recorde de 5.961 MW às 14h43min, quando a temperatura era de 35,4°C em Porto Alegre.