RS mobiliza vacinação contra Covid-19 em escolas para ampliar imunização de crianças

RS mobiliza vacinação contra Covid-19 em escolas para ampliar imunização de crianças

Ações para imunização contra a Covid-19 e outras doenças deve iniciar em 31 de agosto

Correio do Povo

DF reportou erros em vacinação infantil

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Considerando a queda na cobertura vacinal contra a Covid-19 e outras doenças, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) quer elaborar estratégias de vacinação nas escolas. Em uma reunião realizada nesta quinta-feira entre a SES e a Secretaria de Educação, foram estabelecidas atividades que devem iniciar em 31 de agosto, com cada cidade definindo suas ações, de acordo com as realidades e estruturas locais.

A secretária de Saude, Arita Bergmann, propôs “fazer um grande movimento, com as escolas como protagonistas”. A definição das ações caberá a cada município, conforme os gestores e equipes de saúde se organizem em conjunto com as escolas. “Os dados que temos preocupam pela baixa adesão que estamos observando na vacinação da Covid-19 e nas vacinas do calendário básico infantil”, avaliou Arita.

A proposta é de que as equipes das Unidades Básicas de Saúde possam fazer um acompanhamento e monitoramento das cadernetas de vacinação dos alunos nos seus territórios. A partir desses dados, elaborar calendários para a visitação até a escola e ofertar as doses necessárias, com a autorização dos pais ou responsáveis. O acordado pelo grupo foi realizar atos nas cidades em 31 de agosto para marcar o início da mobilização e, a partir dessa data, prosseguir com as ações.

Panorama da adesão às vacinas

O Rio Grande do Sul registra até esta quinta uma cobertura de 46% das crianças de cinco a 11 anos com o esquema completo (duas doses) contra a Covid-19. Entre os adolescentes de 12 a 17 anos, esse índice é de 77%.

Há uma estimativa que mais de 310 mil crianças de cinco a 11 anos não realizaram sequer a primeira dose. Entre as que fizeram a primeira, cerca de 160 mil estão com a segunda atrasada. Na faixa dos adolescentes, estão atrasados 102 mil jovens com a segunda dose e mais de 453 mil com o reforço (terceira dose).

Último grupo a ser incluído na vacinação contra o coronavírus, as crianças de três e quatro anos também apresentam até o momento baixa adesão. Iniciada em 20 de julho, até agora apenas 19 mil foram vacinadas, o que representa 7% do público estimado para a idade.

Queda nas coberturas

Índices baixos de vacinação aumentam os riscos para doenças imunopreveníveis, como coqueluche, poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, varicela, meningite meningocócica e pneumocócica, gastroenterite por rotavírus e hepatites A e B, entre outras.

Para colocar em dia doses atrasadas, está em andamento a campanha nacional de vacinação contra a poliomielite para crianças menores de cinco anos e a multivacinação para atualização da caderneta de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos. O Dia D de mobilização será no próximo sábado (20/8). As crianças e adolescentes deverão estar com sua caderneta nos locais de vacinação para que a equipe de saúde avalie a situação.

Considerando seis das vacinas previstas até o primeiro ano de idade, nos últimos anos em nenhuma delas foi alcançada a meta de vacinação de atingir ao menos 95% do público da idade preconizada, sendo que em 2020 nenhuma ficou acima dos 90%. Os dados de 2021 ainda são parciais, pois essas vacinas de rotina têm um prazo de até 12 meses para o município registrar as aplicações no sistema do Programa Nacional de Imunizações, mas já indicam que também ficarão abaixo do preconizado.


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