RS recebe venezuelanas que vão recomeçar suas vidas em Guaporé

RS recebe venezuelanas que vão recomeçar suas vidas em Guaporé

Estado é o terceiro que mais recebeu migrantes na

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Sessenta e cinco venezuelanas, de 33 famílias, desembarcarão no Rio Grande do Sul nesta terça-feira, por volta das 13h, vindas de Roraima. Refugiadas do governo do presidente Nicolás Maduro, vão, no mesmo dia, para o município de Guaporé, onde terão residência e empregos. A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria Nacional de Proteção Global (SNPG), do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o Instituto Virada Feminina e a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

As migrantes já chegam empregadas e vão trabalhar em sete empresas de confecções de roupas íntimas femininas em Guaporé. Está prevista uma recepção com janta no Recanto São Carlos, na cidade da Serra. A diretora para a América Latina da Virada Feminina, Blanca Montilla, lembrou o esforço conjunto do braço local da instituição, da embaixada da Venezuela, da OIM. “O projeto busca interiorizar estas pessoas, já com emprego, devolvendo a dignidade a elas. O número de venezuelanos que deixaram o país ultrapassa 4 milhões de pessoas, e o Brasil é o quinto destino procurado por eles, quase 300 mil.

A Operação Acolhida, do governo federal, oferece assistência emergencial aos migrantes e refugiados venezuelanos que entram no país pela fronteira com Roraima. Depois de estabelecer parcerias com empresas, que sinalizam as vagas de emprego, a Operação faz a seleção das pessoas participantes de acordo com o perfil profissional do posto de trabalho. “Este trabalho de articulação promove a aproximação entre os imigrantes em situação de vulnerabilidade e as oportunidades de inclusão socioeconômica na sociedade brasileira”, afirma a titular da SNPG, Mariana Neris.

Segundo a idealizadora da Virada Feminina, Marta Lívia Suplicy, o papel da organização é sair da discussão e partir para a ação: “Ajudar na interiorização e inclusão de mulheres venezuelanas é muito mais do que uma ação social, é nossa obrigação. Promover a conexão entre as empresárias da Virada Feminina e as imigrantes é comprovar na prática que juntas somos mais fortes”. O eixo gaúcho é coordenado pela presidente do instituto no RS, Neura Trevisol. “Além de ajudar na mão de obra em Guaporé, ameniza um pouco o sofrimento destas famílias que vivem em campos de refugiados sem expectativas de vida e sem horizontes”, salienta.

RS é o terceiro estado que mais recebe migrantes

Segundo o coordenador de projetos da OIM no RS, Iurqui Pinheiro, o Estado é o terceiro que mais recebe migrantes interiorizados do país. “Somente entre outubro e dezembro de 2020, 400 pessoas foram empregadas. Estamos fechando parcerias com mais empresas para mais inserções este ano”, informou. As migrantes passarão por exames admissionais e assinarão Carteiras de Trabalho. Nos próximos meses, mais 165 famílias deverão chegar no RS por este projeto. A parceria com a Virada Feminina para a interiorização de mulheres venezuelanas será estendida a outros estados. Novas oportunidades já estão sendo planejadas no estado de São Paulo e Minas Gerais.


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