RS registra dezenove mortes por meningite em 2015
Ao longo do ano, Estado contabiliza 70 casos confirmados da doença
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Até essa mesma época do ano em 2014, o Estado tinha 51 casos e oito mortes devido à meningite bacteriana. Em 2015, o total de casos já chega a 70, mas o índice de letalidade é maior: 24,3% contra 15,7%.
O quadro da meningite bacteriana ainda não é endêmico, conforme a Secretaria, mas o número de casos de morte já é o maior desde 2010. O total empata com o de 2013, quando 17 pessoas também morreram, mas em 12 meses.
Quatro das 17 mortes de 2015 envolveram o sorogrupo B (para o qual só há vacina na rede particular) – duas em Viamão, uma em Sapiranga e uma em São Leopoldo. Sete decorreram do sorogrupo C (para a qual existe vacina na rede pública) – quatro em Cachoeirinha, uma em Dom Feliciano, uma em Canoas e uma em Lajeado. Nas demais seis mortes não houve identificação do sorotipo – duas em Porto Alegre, uma em Paraíso do Sul, uma em Santa Maria, uma em Santo Antônio da Patrulha e uma em Fazenda Vila Nova.
Até agora, só houve campanhas locais de vacinação em Cachoeirinha e três bairros de Gravataí, para o grupo de risco de 0 a 20 anos incompletos. A decisão de vacinação em caso de surto é cordada entre as três esferas de governo, federal, estadual e municipal.
A principal medida de controle da doença, segundo o relatório, é a notificação e investigação de qualquer suspeita.
A meningite é um processo inflamatório das meninges – membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal. É causada, sobretudo, pela infecção de vírus ou bactérias, mas fungos e parasitos também podem provocar a doença.