RS registra primeiro caso de microcefalia autóctone por Zika vírus

RS registra primeiro caso de microcefalia autóctone por Zika vírus

Bebê nasceu no final de 2016, sem sintomas, mas desenvolveu as alterações

Correio do Povo

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O Rio Grande do Sul registrou nesta terça-feira o primeiro caso de um bebê com microcefalia contraída no Estado, isso significa autóctone. O bebê nasceu em julho do ano passado e a mãe, moradora de Ijuí, teve a confirmação da infecção de Zika vírus quando estava no segundo trimestre de gestação. Desde então, ela e o bebê estavam sendo monitorados 
em Santa Rosa e Porto Alegre. Exames clínicos e radiológicos realizados pelo Sistema de Informação sobre Agentes Teratogênicos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (SIAT/HCPA) mostraram que ela possui alterações compatíveis com a Síndrome Congênita do Zika Vírus.

Segundo o secretário estadual de Saúde, João Gabbardo dos Reis, o bebê nasceu sem nenhuma alteração, porém, ela apareceu no seu desenvolvimento. No momento, o relatório das condições do bebê está sendo feito pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que vinha monitorando ele. "Infelizmente não é uma informação boa. Estado até o momento tinha dois casos contraídos fora", explicou. Ele adiantou que há outros casos em investigação, mas que somente este teve alteração.

Desde o final de 2015, o aumento de casos de microcefalia foi relacionada ao Zika vírus, uma das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, assim como a dengue e a febre Chikungunya. A maioria dos casos de bebês com a doença ficou concentrada na região nordeste do país. Mesmo assim, gerou alerta em todo o país. Em maio, o Ministério da Saúde anunciou o fim da emergência nacional para o Zika.

A microcefalia é marcada por uma má formação no cérebro, que pode provocar diversos problemas neurológicos. outra característica é a redução na circunferência da cabeça do bebê. Segundo o Ministério da Saúde, neste ano foram confirmados 230 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso.

Seguem em investigação 2.837 casos suspeitos em todo o país. Desde novembro de 2015, foram notificados ao Ministério da Saúde 13.490 casos, com 2.653 confirmações. Outros 5.712 casos foram descartados e 105 foram considerados prováveis. Outros 1.784 foram excluídos do sistema, por não atenderem as definições de caso vigentes.

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