RS teve abril com as temperaturas mais quentes neste século
Devido a bloqueio atmosférico, máximas ficaram acima das médias históricas para o mês
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• Notícia de que inverno será o mais frio do século é falsa
Mais que isso. Este mês superou todos os períodos de abril pelo menos desde 1961, quando os dados passaram a ser analisados no formato de mapas. De lá para cá, houve anomalia de temperatura em outras seis oportunidades no mês de abril. Porém, o de 2018 os superou: “Abril teve as tardes mais quentes desde 1961 para o período”, avaliou a meteorologista Estael Sias. “Chegou a ficar quase 6°C acima da média histórica em alguns municípios gaúchos.”
Em Porto Alegre, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a máxima média foi de 28,9°C, enquanto o normal é de 25°C. A mínima média também foi maior: 19,3°C neste ano, enquanto o normal é 16,3°C.
Conforme a MetSul, um bloqueio atmosférico impediu a chegada de frentes frias, que poderiam trazer chuvas e, na sequência, uma massa de ar polar. A chuva ficou abaixo na maioria das regiões. Na Capital, apesar de ficar acima da média histórica, houve precipitação apenas em seis dos 30 dias do mês. “O fato de estar ocorrendo a transição do La Niña para a neutralidade climática também pode ter influenciado na formação deste bloqueio persistente que deixou a temperatura alta no Estado”, explicou Estael.
Frio ganha força na segunda quizena de maio
Maio, entretanto, deverá ter temperaturas mais amenas. “Ao longo do mês a situação deve ser diferente. Devemos ter a passagem de frentes frias trazendo mais chuvas, em termos de volume e sequência, e as primeiras massas de ar frio finalmente chegam ao Estado”, projetou a meteorologista.
“À medida que a chuva e a frente fria avançam, a massa de ar frio também consegue chegar. Provavelmente entre os dias 12 e 15 de maio acontecerá a primeira queda mais forte da temperatura. Na segunda metade do mês, o frio deve ser mais frequente e deveremos ter uma sequência maior de dias gelados no Rio Grande do Sul”, concluiu.
*Colaborou Raphaela Suzin