São Leopoldo quer restringir atendimento no Hospital Centenário
Secretaria da Saúde defende que gestão do hospital seja melhorada
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De acordo com a prefeitura, o Centenário recebe cerca de R$ 2,3 milhões do SUS e R$ 264 mil do governo estadual. Já os custos para o atendimento e a manutenção do hospital atingem R$ 9 milhões. Segundo Vanazzi, as dívidas acumuladas crescem a cada mês porque os repasses do Estado são insuficientes para a demanda.
Segundo Vannazi, a recontratualização precisa ser feita com urgência. “É a única prefeitura do Brasil que aplica 41% do orçamento em um hospital. Isso é inadmissível. E é um problema histórico porque a contratualização foi mal feita lá nos anos 2000, considerando que os recursos pelos serviços estão muito abaixo do que realmente é feito. Precisamos rever o contrato ou o hospital vai parar”. Hoje, os serviços de neurologia e a Rede AVC, cujo atendimento é especializado, não dispõem de rubrica financeira fixa do Ministério da Saúde.
De acordo com o secretário adjunto da Saúde, Francisco Paz, a restrição dos atendimentos é ilegal. Ele disse que o governo tenta buscar uma solução pacífica para o impasse. “Como o hospital é credenciado junto ao Ministério da Saúde, ao parar de atender, acabará por se prejudicar. Estamos negociando para tentar encontrar uma solução. Acredito que o prefeito esteja aflito, mas acredito que a gestão do hospital pode ser melhorada, assim como a produção”, declarou.
Paz ressalta que a gestão dos recursos precisa ser adequada à realidade de contingenciamento em todas as unidades hospitalares do Rio Grande do Sul. Caso a medida proposta pela prefeitura de São Leopoldo seja levada adiante, o Estado deve encerrar o encaminhamento de pacientes para o Hospital Centenário e cortar a habilitação da instituição como prestadora de serviços pelo SUS.