Sítio conhecido como “Cãodomínio” abriga quase 200 cachorros em Maquiné

Sítio conhecido como “Cãodomínio” abriga quase 200 cachorros em Maquiné

Radialista de 61 anos cuida dos animais às margens da RS 407

Correio do Povo

No espaço estão cães de várias raças e dono aceita doações

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Na estrada que liga Capão da Canoa a Maquiné, a RS 407, uma construção chama a atenção na altura do km 4, com suas casinhas verdes na entrada. É o Sítio São Francisco de Assis, também conhecido como Cão-domínio. São 192 cachorros, das mais diversas raças, que foram adotados pelo radialista Paulo Roberto Silvelio Giglio, de 61 anos. Há 29 anos que Giglio se dedica a retirar das ruas de Capão da Canoa, Xangri-Lá, Atlântida, Imbé, Osório e arredores os animais que estão abandonados, que foram atropelados, agredidos e em situações próximas à morte. “Deus me deu essa missão e me dedico sempre a eles. Encontro a maioria em estado lamentável e trato deles e dou carinho”, explicou.

Giglio gasta em média 100 quilos de ração por dia, mas precisa reforçar a alimentação com pão velho recolhido de algumas padarias do Litoral. Ele também recebe, como doação, resto de carne e ossos de açougues da região. “Tenho apoio de veterinários que fazem o trabalho me cobrando menos, mas mesmo assim os gastos são altos”, comentou.

Todos os animais fêmeas são castrados, além do gasto com medicamento e material de limpeza. Por isso, Giglio está sempre de braços abertos para receber doações de quem se preocupa com seus cães e gosta de animais. “Assim, as pessoas podem adotar um cão sem levá-lo. Me parte o coração quando algum dos cachorros vai embora. Já tentei doá-los, mas não consigo”, revelou o tratador.

Muitos dos animais estão há muito tempo vivendo no sítio São Francisco de Assis. Lambes é o mais velho, com 17 anos, há 15 sob o olhar de Giglio. No espaço estão Rotweillers, Pinchers, Poodles, Pitbulls, Dogue Alemão e São Bernardo, entre outras raças conhecidas, mas a maioria é vira-lata mesmo. Para Giglio, todos são iguais. “Amo todos da mesma forma, desde o mais recente ao mais antigo”, completa o abnegado “síndico” do Cão-domínio.

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