Atualmente, há 117 médicos do programa na Capital gaúcha. Desses, 14 são cubanos, sendo que um está em processo de desligamento. Com a saída deles, o atendimento deve ser reduzido nos postos de saúde. Contudo, segundo Harzheim, nenhuma instituição ficará desassistida.
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De acordo com o secretário, a prefeitura está tentando diminuir o impacto da saída dos médicos, mas a contratação de novos profissionais deve levar mais de um mês. "É um processo burocrático e isso vai demorar", disse.
A prefeitura já tem um processo seletivo aberto, e 44 médicos foram selecionados. Isso pode acelerar um pouco a substituição de profissionais se comparado a outras cidades. Contudo, segundo Harzheim, é comum médicos não aceitarem a vaga. "Aí precisamos abrir novos procedimentos".
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Impasse burocrático
O secretário de saúde de Porto Alegre torce para que o "impasse diplomático" será resolvido e que os médicos permanecerão no Brasil. "Acho que pode ser uma pressão do governo de Cuba que pode não se confirmar", explicou.
Adaptação
O secretário de Saúde disse ainda que parte dos médicos cubanos já está adaptada a rotina e a cidade de Porto Alegre. Alguns profissionais conseguem até juntar dinheiro e enviar à família que está em Cuba. Porém, há aqueles que sofrem com a distância dos familiares e citou o exemplo de uma médica que, desde que chegou a Porto Alegre, não vê a filha de 2 anos.
Correio do Povo