Saiba como será a volta do Laçador, em Porto Alegre
A partir das 14h de terça-feira, o Laçador sairá de um galpão na zona norte da Capital em direção ao Sítio
publicidade
Confirmado para o dia 11, próxima terça-feira, o retorno do monumento Laçador para o Sítio, na avenida dos Estados, zona norte da Capital, nas proximidades do Aeroporto Salgado Filho-Porto Alegre Airport. De volta ao local, a estátua ainda passará por alguns ajustes que deverão levar alguns dias até haver a possibilidade de um evento de reinauguração. A peça foi retirada em setembro de 2021 e passou por uma série de intervenções de restauro.
A iniciativa integra o Projeto Construção Cultural - Resgate do Patrimônio Histórico, desenvolvido pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), ao lado da Associação Sul Riograndense da Construção Civil. A ideia inicial era de que o Laçador estivesse pronto para visitações ainda antes do Natal, mas foram encontrados problemas graves no interior do monumento que prorrogaram o prazo. O coordenador do projeto, Zalmir Chwartzmann, compara a situações adversas que comprometem o andamento de qualquer obra. “Depois que o abrimos, vimos tantas fissuras que a estátua estava se sustentando parado de pé pelo próprio peso. Se tivesse dado um vendaval muito forte possivelmente teria caído”, afirma.
Para ele, a restauração veio na hora certa. “Identificamos essas rachaduras internas em dezembro, deitamos o Laçador novamente, fizemos a recuperação, mas mesmo de volta no Sítio, é possível que apareçam imperfeições à luz do dia. Por isso, demorará uns dois dias até podermos dizer que está entregue”, explica o engenheiro. O monumento estará oficialmente pronto após o polimento com jateamento de cera que dará o acabamento final à peça. Chwartzmann acredita que somente daqui a 50 anos um trabalho similar precisará ser feito.
A partir das 14h de terça-feira, o Laçador sairá de um galpão na zona norte da Capital em direção ao Sítio. O coordenador do projeto lembra que a afixação deverá durar cerca de 15 minutos, mas é preciso respeitar um horário para isso. “Temos entre 16h e 17h para fazer todo o trabalho por conta das gruas que levantarão o monumento e poderão chegar a 30, 35 metros de altura. É o período em que não haverá voos e poderemos fazer tudo”, relata Chwartzmann. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), garante a segurança da obra no trajeto e a cavalaria do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) fará a escolta do retorno da estátua, assim como fez na saída.
O prefeito Sebastião Melo revelou a intenção de transformar o Sítio do Laçador um local com atrativos, incluindo comerciais, para se tornar uma local de visitação mais intensa, como são outros pontos da cidade, feito o Cais Embarcadero e a orla do Guaíba. Segundo o secretário de Cultura de Porto Alegre, Gunter Axt, o restauro “é também uma demonstração incontroversa de como a colaboração esclarecida entre poder público e empresa privada podem contribuir para a qualificação continuada dos cenários em que se desenvolve a convivência dos porto-alegrenses”. Uma reinauguração oficial deverá ocorrer ainda neste mês.
Chwartzmann diz que o projeto não ficará apenas na restauração em si. “Teremos um livro para contar todo o processo, um seminário e, ainda, um filme, para o qual ainda vamos captar recursos”. Sem dar números, o engenheiro garante que, apesar da prorrogação no cronograma dos trabalhos, ainda conseguiremos devolver alguma parte do dinheiro investido”, reiterou. O restauro tem patrocínio da Gerdau e da Sulgás e conta com o apoio da JOG Andaimes, Elevato, Ministério Público do Rio Grande do Sul e Phorbis Empreendimentos Imobiliários.
