Salva-vidas divertem veranistas de Balneário Pinhal com esculturas de areia

Salva-vidas divertem veranistas de Balneário Pinhal com esculturas de areia

Obra vencedora foi uma abelha, símbolo do município produtor de mel

Danton Júnior / Correio do Povo

Salva-vidas encantam veranistas de Balneário Pinhal com esculturas de areia

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Praia também é lugar de obra de arte. E, quando os artistas são os salva-vidas da Operação Golfinho, não é preciso andar muito para encontrar a matéria-prima. Feitas com cuidado minucioso, as esculturas de areia chamam a atenção dos turistas a cada verão no litoral gaúcho. Até o final da temporada, concursos organizados pela Brigada Militar e pelo Sesc serão realizados em cada uma das principais praias do RS. Nesta quinta, foi a vez de Balneário Pinhal.

Para homenagear o símbolo do município que sediou o evento, conhecido como a Cidade do Mel, Eledir de Vargas, 44 anos, e Lucas Posselt, 23, esculpiram uma abelha. A obra foi a principal atração entre o público que visitou o local e conquistou o primeiro lugar na escolha do júri, na disputa com outros três concorrentes.

Atenta a cada detalhe - não faltaram nem as antenas -, a dupla levou uma hora e meia para concluir o trabalho. Os dois ganharam troféu e medalha mas, na opinião deles, o maior prêmio é o reconhecimento do público, que parou para aplaudir o trabalho. "Não fazemos as esculturas visando lucro. O objetivo é competir para que essa atividade não morra", explicou Vargas.

A maior parte do trabalho é feita com as mãos. Para os detalhes, são utilizados palitos de picolé e pincel. "Tem de trabalhar com a areia bem molhada, batendo para deixá-la bem unida e poder dar a forma", ensinou Vargas, que é salva-vidas desde 1993 e faz esculturas de areia há 16 anos. "É só mentalizar a ideia e 'jogar' na areia", simplificou Posselt, que está em sua primeira temporada na Operação Golfinho.

Muita gente que passeava pela praia parou para acompanhar a competição e tirar fotos das esculturas. A auxiliar administrativa Flávia Tomazi, 17 anos, de Santo Ângelo, disse que as obras de arte passam uma mensagem positiva. "É uma forma de incentivar as pessoas a preservarem a natureza", afirmou. A pedagoga Márcia Santos, 43 anos, de Porto Alegre, elegeu a abelha como a sua favorita - assim como a filha Giovanna Pastro e a sobrinha Isabele Carvalho, ambas com 7 anos. "Gostei mais pelo desenho e por ser o símbolo de Pinhal", justificou Márcia.

Todas as esculturas tiveram como tema a natureza: o segundo lugar ficou com a onça desenhada por Tairone Pereira e Jorge Rafael, de Quintão, e o terceiro com um golfinho de autoria de Rodrigo Carnelosso, de Nova Tramandaí. Todos são salva-vidas que participam da Operação Golfinho.

Segundo a sargento Lurdes Seibert, da Brigada Militar, a competição de esculturas na areia é uma forma de integrar a Operação Golfinho, que está em sua 41º edição, com os frequentadores do litoral. "Os salva-vidas vêm para cá em novembro e ficam longe das famílias. Com isso eles saem da rotina", explicou. O tema das esculturas é livre, com tempo máximo de duas horas para concluir cada trabalho. A próxima edição ocorre no dia 10 de fevereiro, em Tramandaí.

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