Salva-vidas socorre vítima de mal súbito
Jovem de 16 anos desmaiou ontem à tarde em Capão da Canoa
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“Se não fosse a agilidade dele, a minha filha teria morrido”, resume a mãe, Sandra Paim Farias, 41. Ela afirma que, de tão rápido que foi o socorro, sequer recorda de como chegou ao hospital. Sandra afirma que, conforme o relato dos médicos, a filha poderia ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) caso não fosse socorrida a tempo. A pressão de Maria do Carmo saltou para 18 por 9 (a normal costuma ser entre 12 por 8).
Após passar por uma bateria de exames e ingerir a medicação recomendada, ela voltou para casa nesta segunda-feira. Durante a tarde, fez questão de conhecer o sargento Everaldo. “Ela não viu ele ontem (domingo), então queria voltar para agradecer. Foi um anjo da guarda na vida dela”, define a mãe. Maria do Carmo, que até então não havia tido problemas de hipertensão, já está em casa, em Capão da Canoa. Conforme a mãe, ela está com os movimentos lentos, mas não deverá ficar com sequelas.
O homem que realizou o salvamento já poderia estar na reserva da Brigada Militar (BM), mas resolveu continuar na profissão por ser apaixonado pelo que faz – e para participar pela 10ª vez da Operação Golfinho. “Já estou quitado com a BM desde 29 de setembro”, conta. Lotado em Triunfo, ele perdeu a conta de quantos salvamentos realizou durante esse período. Sabe, contudo, que foram mais de cem. Sobre o resgate do último domingo, recorda que ficou preocupado com os batimentos cardíacos acelerados da vítima, e que sabia que era necessário agir sem hesitar. “Eu não penso muito. Tem que tomar a providência rápido. Esse foi o fator primordial”, ressalta.
Ao receber uma mensagem escrita por Maria do Carmo, o experiente sargento não escondeu a satisfação. “É um dever nosso, mas quando somos reconhecidos é melhor ainda”, afirma, lembrando que muitos dos socorridos “fogem” do profissional que prestou o atendimento.