Samu da Capital identifica homem que passou três mil trotes no 1º semestre

Samu da Capital identifica homem que passou três mil trotes no 1º semestre

Todas as ligações são gravadas e o atendente consegue visualizar o número do telefone do chamado

Marco Aurélio Ruas / Correio do Povo

Samu da Capital identifica homem que passou três mil trotes no 1º semestre

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O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Porto Alegre identificou o responsável por três mil trotes no primeiro semestre deste ano, com três números diferentes de celular. O homem, de 39 anos, tem problemas psicossociais e fazia diversas ligações diariamente.

Segundo a coordenadora-geral do Samu da Capital, Miria Patines, o teor das ligações era obsceno e com palavras inadequadas. O serviço conseguiu identificar os proprietários dos telefones, endereço e telefone fixo. “Conversamos com os pais dele que ficaram surpresos e se comprometeram a resolver a situação de maneira educativa, sem necessitar de medidas criminais”, conta. De acordo com Miria, o diálogo ocorreu no final de julho e durante todo o mês de agosto não foram feitas ligações desse homem.

A coordenadora ressalta que como as ligações são gratuitas, acabam sendo uma diversão para as pessoas. No primeiro semestre, das 154.751 ligações, 32.993 foram trotes, o que representa 21% do total. “As pessoas devem compreender que ao fazer esse tipo de contato estão prejudicando um atendimento ou até perdendo uma vida”, esclarece.

Atualmente, seis telefonistas fazem o primeiro atendimento com a população. “Os trotes deixam as linhas ocupadas para situações verídicas”, observa Miria. De acordo com ela, algumas vezes são criadas situações fictícias que obrigam o encaminhamento de uma das 15 ambulâncias na cidade. Todas as ligações para o Samu são gravadas e o atendente consegue visualizar o número do telefone do chamado.

Em outros casos, duas crianças foram identificadas. Uma fez 780 ligações e a outra 625. Uma delas ligava durante o dia para “Sami” em busca da mãe, enquanto a outra usava o celular da avó, sem créditos, para jogar, mas ligava sem a responsável ver. Para solucionar essas questões envolvendo crianças, o Samu irá adaptar uma das ambulâncias que não são mais usadas para o Samusinho, unidade móvel usada para a educação e conscientização em orelhões próximos a escolas.

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