Samu da Capital identifica homem que passou três mil trotes no 1º semestre
Todas as ligações são gravadas e o atendente consegue visualizar o número do telefone do chamado
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Segundo a coordenadora-geral do Samu da Capital, Miria Patines, o teor das ligações era obsceno e com palavras inadequadas. O serviço conseguiu identificar os proprietários dos telefones, endereço e telefone fixo. “Conversamos com os pais dele que ficaram surpresos e se comprometeram a resolver a situação de maneira educativa, sem necessitar de medidas criminais”, conta. De acordo com Miria, o diálogo ocorreu no final de julho e durante todo o mês de agosto não foram feitas ligações desse homem.
A coordenadora ressalta que como as ligações são gratuitas, acabam sendo uma diversão para as pessoas. No primeiro semestre, das 154.751 ligações, 32.993 foram trotes, o que representa 21% do total. “As pessoas devem compreender que ao fazer esse tipo de contato estão prejudicando um atendimento ou até perdendo uma vida”, esclarece.
Atualmente, seis telefonistas fazem o primeiro atendimento com a população. “Os trotes deixam as linhas ocupadas para situações verídicas”, observa Miria. De acordo com ela, algumas vezes são criadas situações fictícias que obrigam o encaminhamento de uma das 15 ambulâncias na cidade. Todas as ligações para o Samu são gravadas e o atendente consegue visualizar o número do telefone do chamado.
Em outros casos, duas crianças foram identificadas. Uma fez 780 ligações e a outra 625. Uma delas ligava durante o dia para “Sami” em busca da mãe, enquanto a outra usava o celular da avó, sem créditos, para jogar, mas ligava sem a responsável ver. Para solucionar essas questões envolvendo crianças, o Samu irá adaptar uma das ambulâncias que não são mais usadas para o Samusinho, unidade móvel usada para a educação e conscientização em orelhões próximos a escolas.