Santa Casa confirma existência superbactéria NDM-1
New Delhi metallo-B-lactamase já tinha sido identificada no Hospital Conceição <br />
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Segundo a chefe de controle de infecção da Santa Casa, Teresa Sukiennik, a NDM-1 foi encontrada na última sexta-feira, após investigações em pacientes do hospital. "Desde que este mecanismo surgiu no Conceição, nós realizamos alguns exames em pacientes e chegamos até este em particular. Notificamos a vigilância sanitária e tomamos as precauções necessárias", disse em entrevista ao site do Correio do Povo.
Teresa garantiu que o paciente está bem e permanece isolado, em um quarto individual. "É um paciente com alta programada, inclusive. A liberação, no entanto, ainda depende de algumas definições que a nossa equipe faz normalmente. Esperamos resultados de alguns exames e tudo isso faz parte do nosso planejamento quando existem situações semelhantes", afirmou.
A chefe do controle de infecção da Santa Casa explicou que a NDM-1 depende de ambientes hostis para colonizar um paciente. "A NDM-1 ingressa no organismo de pacientes que estão vulneráveis e se torna mais potente do que outras bactérias que não causam infecção. Ela precisa da queda da imunidade para poder agir", esclareceu.
KPC
Além da New Delhi, o Conceição registrou a existência de uma segunda superbactéria, chamada Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC). Até o momento foram identificados 18 pacientes colonizados, o que significa que são portadores de germes mas não desenvolveram a doença.
Conforme a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde, a situação que preocupa é o registro da bactéria New Delhi metallo-beta-lactamase (NMD-1). Esta é uma "superbactéria" identificada pela primeira vez no Brasil. A NMD-1 não responde a tratamentos de antibióticos e pode ser combatida apenas pelo próprio sistema imunológico do paciente. Por conta deste microorganismo, o GHC sofre a interdição de 15 leitos na sua UTI.
Ainda de acordo com a secretaria, será informado um percentual de hospitais de Porto Alegre que registram a KPC, mas como referência de controle. O órgão salientou que a a KPC precisa ser controlada e combatida, existindo controles em todos os hospitais para isso, mas que a situação não é comparável à da NMD-1.