Santa Casa inaugura centro para tratamento de pacientes com AVC

Santa Casa inaugura centro para tratamento de pacientes com AVC

Hospital de Porto Alegre oferece 10 leitos pelo SUS

Mauren Xavier / Correio do Povo

AVC foi a principal causa de morte no Brasil em 2011, segundo IBGE

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Porto Alegre passa a contar com um centro de referência em tratamento de pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC), que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi considerada a principal causa de morte no Brasil, em 2011. Na manhã desta quinta-feira, foi inaugurada uma unidade especializada no atendimento de urgência de pacientes com esta doença dentro do Hospital São José, que já é referência brasileira em neurologia e neurocirurgia, dentro do Complexo Hospitalar da Santa Casa. Ao todo, são disponibilizados 10 leitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Um dos diferenciais da unidade é o atendimento multidisciplinar. A equipe é formada por técnicos, enfermeiros, médicos plantonistas, neurologistas, neurocirurgiões, fonoaudiólogos e fisioterapeutas. O atendimento é feito no terceiro andar do Hospital São José e o serviço funcionará 24 horas totalmente integrado com a rede de atenção às urgências do SUS.

Segundo o coordenador da unidade, Sérgio Haussen, o maior número de pacientes com AVC vem do atendimento de urgência, seja pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ou pela própria emergência da Santa Casa. Isso ocorre, explicou o especialista, porque os sintomas são fortes e a agilidade no atendimento é fundamental para garantir a vida e a recuperação do paciente.

Ele ressaltou que o ideal é que ele receba assistência médica em no máximo seis horas após o AVC propriamente dito. Mesmo assim, destaca que é importante que as pessoas tenham atenção com os primeiros sintomas. Um AVC normalmente é identificado pela perda das forças nas mãos, dificuldade na fala, paralisia de um lado do corpo e problemas de consciência. “O AVC ocorre quando um vaso sanguíneo é bloqueado pela presença de um coagulo, atingindo uma parte do cérebro”, salientou.

Segundo Haussen, por meio do avanço no atendimento, as medicações e técnicas utilizadas atualmente elevaram as chances de sobrevivência e redução das possíveis sequelas. “Antes era possível apenas usar táticas para reduzir as chances de haver o agravamento da doença. Atualmente é possível combatê-la”, afirmou, citando o centro como um fator importante neste caminho.

Segundo o diretor geral da Santa Casa, Carlos Alberto Fuhrmeister, aimplantação da unidade integra um programa de modernização do Complexo, que teve início em 2006. Neste processo, foram aplicados, entre 2010 e 2012, mais de R$ 105 milhões, sendo que quase R$ 35 milhões na aquisição de novas tecnologias médicas. “É um grande desafo para estarmos em sintonia com a produção de novos procedimentos e novas tecnologias na área da saúde”, afirmou o diretor geral, citando como exemplo a nova unidade.

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