Secretaria confirma abate de 300 cervos do Pampas Safari
Pasta justificou liberação por riscos de contaminação com tuberculose bovina
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De acordo com o diretor-geral da Secretaria, Antônio Machado de Aguiar, o abate é o procedimento recomendado em situações do tipo. Segundo ele, embora os animais não fossem destinados ao consumo humano, a transmissão da doença poderia ocorrer por outras vias. Aguiar também recorreu à lei para explicar a decisão. “Não há legislação que diga que animais domésticos tenham tratamento diferente dos silvestres.”
O abate dos cervos estava impedido devido a liminares. Porém, em fevereiro o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) reverteu de forma definitiva essa proibição. Após isso, os proprietários do Pampas Safari iniciaram o processo junto a Secretaria de Agricultura e o Ibama para seguir com o abate.
Deputada reconhecida pela defesa da causa animal, Regina Becker Fortunati (PTB) disse estar “de luto” em razão da morte dos cervos. Na avaliação da parlamentar o processo foi feito de forma pouco transparente. “Foi tudo feito na calada da noite. Mais que uma questão sanitária, o abate foi para não atrapalhar os negócios de uma família interessada.”
Aguiar rechaçou de forma veemente a acusação de falta de transparência: “Falar em sigilo é uma mentira deslavada. A empresa exerceu o seu direito sobre a propriedade”. O diretor garante que processos como este são recorrentes na Secretaria de Agricultura. “Não tenho obrigação de anunciar aos quatro cantos, mas todo o processo foi público.”