Segunda noite da Operação de Inverno abriga quase 40 pessoas em Porto Alegre

Segunda noite da Operação de Inverno abriga quase 40 pessoas em Porto Alegre

Acolhida para pessoas em situação de rua vai até sábado

Taís Teixeira

Segunda noite da Operação de inverno abriga quase 40 pessoas no ginásio do Demhab

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O acolhimento para desabrigados e pessoas em situação de rua continua em Porto Alegre. A sexta-feira, segunda noite de acolhida no ginásio da Associação dos Funcionários do Departamento Municipal de Habitação (Demhab), na rua Conde D'Eu, 66, bairro Santana, contabilizou 37 abrigados (35 homens e 2 mulheres). Foram disponibilizados 50 leitos, 40 masculinos e 10 femininos.

Além da acomodação, os albergados recebem um kit higiene, banho, jantar, lanche e café da manhã. Os interessados em pernoitar em uma cama quente com cobertor e travesseiro devem procurar o espaço de forma espontânea ou aceitar a oferta na ronda noturna, onde uma equipe sai de ônibus pelas ruas da Capital e convida pessoas em vulnerabilidade social para passar a noite abrigadas. A ação vai até sábado.

Na quinta-feira, primeira noite da operação,  26 pessoas buscaram proteção no ginásio. Já os três albergues que ofertaram 240 vagas, tiveram 188 ocupações. Também foram preenchidas 263 vagas das 13 pousadas, lugares em que os moradores de rua podem permanecer por até 24 horas.

O presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), André Flores Coronel, destacou a importância da ronda noturna para que mais pessoas acessem os espaços de proteção social nos dias de frio intenso. “A ronda extra percorre principalmente pontos onde percebemos o aumento da população de rua, entorno da rodoviária e Centro Histórico”, disse.

A organizadora do espaço, Luciane Beiró, disse que a iniciativa resulta do trabalho de oito secretarias e do apoio da Cruz Vermelha. “Envolve em torno de 60 pessoas para organizar essa estrutura", ressaltou. Luciane explicou que, além de oferecer condições materiais, também há um amparo social. “Buscamos saber o motivo dessa pessoa estar nessa situação para que possamos dar o melhor encaminhamento quando amanhece, após o café da manhã”, esclareceu. 

Outro aspecto destacado é que, no período de pandemia, houve uma grande demanda vinda do interior atrás de oportunidades, e que hoje desejam voltar às cidades de origem. “Precisamos saber para onde essas pessoas vão retornar, ter o contato de um parente, porque não adianta mandar para as cidades e elas ficarem para  rua”, elucidou. 

Luciane ainda ressaltou que as doações de parceiros da sociedade civil ajudam no preparo do espaço com arrecadação de pastas de dentes, água, cobertores e alimentos. Quem se interessar, pode procurar a Fasc, na Avenida Ipiranga, número 310, bairro Praia de Belas. 


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