Segundo centro de triagem de presos da Capital vai ser entregue em 15 de agosto
Construção ocorre sem licitação para acelerar entrega
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Localizado em área anexa à Cadeia Pública de Porto Alegre (o antigo Presídio Central), o CT mede 437 metros quadrados de área construída. A estrutura foi erguida a partir da montagem de celas em monobloco GRC+CAD (concreto reforçado de alto desempenho), técnica que também foi utilizada no Complexo Prisional de Canoas. A obra foi executada pela empresa Verdi Sistemas Construtivos, contratada sem licitação, pelo fato de ser a única que presta esse tipo de serviço no Brasil. O prazo de entrega também foi levado em conta, já que a criação de mais vagas é urgente. O total investido é de R$ 2,9 milhões, oriundos do Tesouro estadual.
De acordo com a superintendente dos Serviços Penitenciários, Marli Ane Stock, a tecnologia representa o que há de mais avançado no mercado em engenharia prisional. “O detento é controlado pelo agente penitenciário a partir da galeria situada no segundo pavimento, o que garante mais segurança aos servidores e possibilita menor emprego de efetivo”, explicou.
O primeiro centro de triagem funciona com 72 vagas, no bairro Partenon, junto ao Instituto Psiquiátrico Forense (IPF). O Exército colaborou na construção da unidade, que opera, recorrentemente, lotada.
Atualmente, devido à superlotação das cadeias, dezenas de presos provisórios seguem sendo retidos em delegacias da região Metropolitana e até mesmo em viaturas da Brigada Militar, que em função da custódia não conseguem circular. Uma estrutura no Instituto Penal Pio Buck, que pode abrigar 45 presos, também é utilizada pela Susepe até que surjam vagas no sistema carcerário.
A Secretaria de Segurança Pública projetou, ainda, a construção de mais dois CTs, um em Porto Alegre e outro em Charqueadas, na região Carbonífera, ambos em processo de licitação. Com isso, serão quatro unidades. Já o quinto centro com uso de contêineres, segundo Marli, não vai mais sair do papel.