Sem atingir meta, RS disponibiliza 63 mil doses de vacina contra gripe para população

Sem atingir meta, RS disponibiliza 63 mil doses de vacina contra gripe para população

Secretaria da Saúde imunizou 85% dos grupos de risco

Mauren Xavier

Secretário João Gabbardo divulgou os dados na manhã desta terça-feira

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A campanha de vacinação contra a gripe A terminou com a cobertura de 85% dos grupos prioritários no Rio Grande do Sul. O resultado é inferior a meta de 90%, estipulada pelo Ministério da Saúde. Segundo o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, na divulgação dos dados na manhã desta terça-feira, o objetivo não foi cumprido devido aos poucos casos de óbitos relatados no Estado. Até o momento, 14 pessoas morreram, sendo 12 de H3N2 (tipo A) e dois do tipo B.

Apesar da campanha oficial ter encerrado na última sexta-feira, restaram 63 mil doses que seguirão à disposição da população. Segundo Gabbardo, a orientação da Secretaria da Saúde é que os municípios concentrem todas as vacinas em uma única unidade, para evitar que os cidadãos tenham que procurar os locais que ainda tenham o medicamento.

Gabbardo lembrou que as prefeituras têm autonomia para proceder como quiseres, sendo assim, a orientação é uma recomendação. A recomendação é que as pessoas façam a vacinação ainda nos próximos dias. Isso porque o corpo demora cerca de 10 dias para criar a imunidade necessária contra doença. “Depois de um certo momento não faz mais sentido se vacinar porque o frio já chegou”, ressaltou.

Neste ano, o Rio Grande do Sul recebeu cerca de 4 milhões de doses de vacina contra a gripe. Até o momento, foram aplicadas mais de 3,6 milhões de doses. Há ainda um percentual de 10% de perdas.

A partir de 2018, quando o período de vacinação para grupos de risco acabar, as doses restantes ficarão à disposição da população para evitar que a campanha precise ser prorrogada constantemente até o fim da imunização.

Imunização

Em relação aos grupos de vacinação, superaram a meta de imunização os idosos (92%), as mulheres puérpuras (93%) e os indígenas (92%). Por outro lado, tiveram os resultados mais baixos a imunização de crianças (68%); as gestantes (68%); e os trabalhadores em saúde (80%). Segundo o secretário, a maior preocupação é com as crianças, que são mais vulneráveis.

Gabbardo também criticou movimentos que buscam desestimular a vacinação. Ressaltou que isso é ‘um equívoco’. “A imunização traz um conforto e um benefício antes que a doença aconteça”, resumiu. Alertou ainda que a partir da próxima semana será feito um movimento para estimular a cobertura vacinal entre adolescentes, em que os índices são baixos no Estado.

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