Sem descartar paralisação, aeronautas e aeroviários pretendem negociar reajuste
Expectativa é de que empresas apresentem novas propostas em reunião na próxima quarta
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A expectativa é de que na reunião, convocada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e Ministério Público do Trabalho (MPT), as empresas apresentem uma nova proposta aos trabalhadores. O objetivo das categorias é garantir a reposição da inflação do período (de dezembro de 2014 a dezembro de 2015), retroativa à data-base, através de um reajuste de 11%.
Após diversas reuniões, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) não aceitou o pedido de reajuste, que deve ser discutido novamente. Até a data da reunião, as categorias decidiram suspender as paralisações. Porém, se não houver conciliação, uma nova assembleia nacional deve ser realizada para definir os próximos passos da campanha salarial que resultou em greve.
O secretário-geral do Sindicato dos Aeronautas de Porto Alegre Rodrigo Spader não descarta novas paralisações nos aeroportos para as próximas semanas. “Vamos definir tudo na assembleia, após o resultado da audiência, mas poderemos voltar com a greve sim”, afirmou. O Aeroporto Internacional Salgado Filho, da Capital, está entre os atingidos pelas paralisações.
O diretor de Comunicação do Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre Osvaldo Rodrigues destacou que o intuito da categoria não é fazer greve. “É complicado fazermos greve, a gente entende que isso afeta a população, mas não abrimos mão do nosso reajuste”, ressaltou. “Esperamos negociar”.
Os aeronautas são os profissionais que trabalham como pilotos, copilotos e comissários de voo. Já os Aeroviários são os trabalhadores que atuam em terra, como os agentes de check-in e de atendimento, auxiliares de serviços gerais, operadores de equipamentos e mecânicos de aeronaves.