Seminário em Porto Alegre discute efeitos climáticos e impactos ambientais

Seminário em Porto Alegre discute efeitos climáticos e impactos ambientais

Brasil reaproveita apenas 2% dos resíduos sólidos, o que representa R$ 12 bilhões por ano

Felipe Samuel

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Em busca de alternativas para a gestão de resíduos sólidos, energias renováveis e água, o 7º seminário Cidade Bem Tratada abriu a sua programação nesta segunda-feira, no auditório do Ministério Público, na Capital. Especialistas, autoridades e lideranças políticas apresentaram sugestões para minimizar os efeitos das alterações climáticas e os impactos ambientais no país. O ciclo de palestras se encerra na terça-feira.

Coordenador do evento, Beto Moesch explica que o seminário Resíduos Sólidos, Água e Energias Renováveis visa lançar luz sobre temas pouco discutidos no Rio Grande do Sul e no Brasil. Conforme Moesch, o país reaproveita apenas 2% dos resíduos sólidos, o que representa R$ 12 bilhões por ano. Em Porto Alegre, em função da coleta seletiva praticada há 28 anos, o índice chega a 3,5%.

Insatisfeito com a ausência de planos de resíduos sólidos na maioria dos municípios, Moesch alerta para os casos de corrupção ligados a projetos faraônicos e aponta a necessidade de colocar em prática políticas públicas sustentáveis. "Temos que optar pela descentralização e cuidar com projetos considerados 'mega', que são a porta para a corrupção. Precisamos descentralizar o tratamento de esgoto e de geração de energia", avalia.

Moesch afirma que a ideia é colocar em debate temas importantes para a atualidade e gerações futuras. Consultor de Direito e Legislação Ambiental, ele ressalta que países como Alemanha e China estão abrindo mão de produzir energia a partir do carvão. "As pessoas reclamam da licença ambiental. O problema é a opção por aquilo que é sujo e de alto risco, que demanda avaliação de impacto e estudos, para fazer uma mega hidrelétrica, para cavar solo e extrair e queimar carvão. O RS acha isso o máximo".

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